
A vitória do candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, se tornou real após uma virada histórica em dois estados-chave: Pensilvânia e Geórgia. Um dos fatores para o ótimo desempenho em estados tradicionalmente republicanos é mobilização de ativistas que levam grupos minoritários nas urnas.
Na Geórgia, com 98% das urnas apuradas, a diferença de Biden para o republicano Donald Trump era de pouco mais de 1,5 mil votos, conforme o jornal The New York Times. A última vez em que um democrata levou os 16 delegados do Estado foi em 1992, quando Bill Clinton foi eleito presidente.
Um dos expoentes para a virada é a advogada Stacey Abrams, de 46 anos. Desde 2013, quando criou o New Georgia Project, Abrams atua para aumentar a participação dos grupos minoritários, principalmente negros, entre os eleitores registrados.
Segundo o site da organização, a população da Geórgia cresceu 18%, graças ao aumento da participação de negros, jovens com idade entre 18 e 29 anos e mulheres solteiras. Esses grupos compõem 62% da população com idade para votar, mas apenas 53% dos eleitores registrados, diz a plataforma.
Em 2018, a advogada ainda ampliou sua atuação e fundou a organização Fair Fight, que passou a denunciar o que eram vistas como falhas no sistemas eleitoral americano e a incentivar minorias e eleitores jovens a exercerem o direito ao voto.
Em uma entrevista à rádio NPR em 2 de novembro, às vésperas da eleição, Abrams afirmou que, nos últimos dois anos, a organização conseguiu registrar mais de 800 mil novos eleitores no Estado. Do total, 49% são negros e 45% têm menos de 30 anos.
Com informações da BBC News Brasil
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