
O ex-assessor de Donald Trump, Steve Bannon, deve se entregar à Justiça dos Estados Unidos nesta segunda-feira (15). A informação é da emissora MSNBC. O guru de Trump, Bolsonaro e de toda a extrema-direita global é alvo de um mandado de prisão por duas acusações de desacato no Congresso norte-americano.
Bannon foi formalmente denunciado pela Justiça dos Estados Unidos por desacato ao Congresso, informou o Departamento de Justiça norte-americano na sexta-feira (12). É a primeira vez em 38 anos que alguém é indiciado por essa acusação nos EUA.
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O procurador-geral responsável pela ordem de prisão contra Bannon trata-se de Merrick Garland. Ele tem sido alvo de forte pressão política. O ex-assessor de Trump foi convocado por uma comissão do Congresso para prestar depoimento sobre o ataque de apoiadores do ex-presidente ao Capitólio no dia 6 de janeiro.
Contudo, Bannon se recusou a ir, alegando “privilégio executivo”, mas ele não ocupa cargo na Casa Branca para ter essa prerrogativa. “Bannon, ex-estrategista-chefe e conselheiro do presidente, é cidadão particular desde que deixou a Casa Branca em 2017”, afirmou o colegiado no Congresso.
Cada acusação de desacato ao Congresso norte-americano pode render a Bannon entre 30 dias a um ano de prisão, além da multa de US$ 100 a US$ 1 mil. O juiz determinará a sentença depois do julgamento do caso. A data do julgamento ainda não foi definida.
Nos últimos anos, quem estreitou relações com Steve Bannon foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também se aproximou do círculo de ex-assessores de ultradireita que definiram as estratégias da eleição e da tentativa de reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Em setembro, o filho “Zero Dois” de Jair Bolsonaro (sem partido) busca repetir a estratégia da ultradireita para tentar salvar o chefe da família.
Em dois meses, Eduardo se encontrou com Bannon em evento conservador nos Estados Unidos e trouxe para o Brasil o ex-assessor de Comunicação, Jason Miller, e o filho de Trump, Donald Trump Jr.