
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo até 28 de janeiro para a Polícia Federal (PF) tomar o depoimento de Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas pelo presidente.
Bolsonaro divulgou a íntegra de um inquérito sigiloso da PF nas redes sociais em agosto do ano passado, que apura um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018. As investigações indicam que apensar de ter tido acesso ao código-fonte das urnas, não houve nenhuma consequência porque tal acesso não permite fazer alterações nos votos.
Como servidor público, Bolsonaro tem a obrigação legal de proteger informações sigilosas.
Bolsonaro distorceu informações da PF
Em agosto, após mentir ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan, Bolsonaro divulgou em suas redes o inquérito que ainda não foi concluído pela Polícia Federal.
O inquérito sigiloso havia cedido pela PF ao deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da proposta de voto impresso na Câmara que participou do programa ao lado de Bolsonaro e já prestou depoimento a PF por conta do vazamento.
Bolsonaro distorceu as informações contidas no documento numa tentativa frustrada de confirmar as acusações sem provas que ele faz ao sistema eleitoral e as unas eletrônicas.
Ao divulgar o inquérito ainda não concluído, de 210 páginas, Bolsonaro ainda expôs dados de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A publicação continua na página de Bolsonaro no Twitter.
Na entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro atribuiu à PF a conclusão de que o resultado das eleições de 2018 poderia ter sido fraudado.
Ele alegou ainda que o hacker conseguiu obter um código-fonte e que, com ele, poderia retirar seu nome da urna. Isso, no entanto, não procede.
Com informações do g1