
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o desbloqueio dos bens do ex-presidente Lula, nesta sexta-feira (26). Os bens foram bloqueados no âmbito da Operação Lava Jato e contou com voto favorável do ministro Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF.
Foram os votos de Marques e de Gilmar Mendes que decidiram pelo desbloqueio, já que o relator da ação, Edson Fachin, foi contra a liberação dos bens. Após a decisão em favor de Lula, Nunes Marques foi hostilizado por bolsonaristas nas redes sociais, de acordo com a Revista Fórum.
Mesmo com todas as decisões da corte mais alta do Judiciário brasileiro que anularam as condenações de Lula e retiraram o foro dos processos de Curitiba (PR), o juiz Luiz Antônio Bonat, da vara federal da capital paranaense, manteve o bloqueio, descumprindo as ordens do STF.
O ministro Ricardo Lewandowski chegou a frisar em seu voto que o magistrado do Paraná não poderia ter tomado tal atitude, em conflito com as determinações da Suprema Corte.
Com o encerramento – por falta de provas – de processo que corria na 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo contra seus filhos, o ex-presidente Lula já soma 22 vitórias na Justiça contra a avalanche de acusações surgidas na Operação Lava Jato. A força-tarefa se configurou como um dos mais notáveis casos de lawfare, que na perseguição judicial contra um ‘inimigo’.
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A ação que teve fim era movida contra Fabio Luis, Marcos Cláudio e Sandro Luis Lula da Silva, filhos de Lula, e baseava-se em elementos forjados no âmbito da Lava Jato, desmontados quando o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o ex-juiz Sergio Moro, hoje candidato à Presidência, suspeito em razão de seu conluio com o Ministério Público Federal na ânsia de “produzir” provas que incriminassem o petista.
As sucessivas vitórias judiciais, que já somam 22, têm mostrado a verdadeira operação de guerra montada por grupos do MPF e da Justiça Federal, com colaboração de setores da mídia corporativa, para aniquilar Lula como elemento político e alijá-lo dos direitos eleitorais, retirando-o de qualquer tentativa de voltar a ocupar um cargo público no país.
Com informações da Fórum