
Bibliotecária e especialista em Gestão Pública, Thaynara Melo, está de volta ao PSB, partido que em suas palavra “foi onde teve a formação política”. Pré-candidata a deputada distrital, defende a ocupação real da cidade em meio à gritante desigualdade social característica de Brasília.
“Brasília é uma cidade que era para ser moderna, inovadora. Mas, no decorrer dos anos, envelhece porque tem problemas estruturais e outros, criados a partir da nossa mudança política, cultural e econômica. Busca ser agregadora, uma cidade que tenha o filho do embaixador estudando junto com o filho do pedreiro. Mas quando chega no plano material, gera confusão”, analisa em entrevista ao Socialismo Criativo durante o XV Congresso Nacional do PSB, em Brasília.
Ela destaca o alto déficit habitacional com cerca de 11% da população do DF sem moradia – ou em habitações precárias – e que “não encontram vazão por conta da especulação imobiliária”.
“O mesmo acontece com o transporte, que a modernidade pede que seja público e sustentável. Mas a cidade não avançou nesse caminho da modernização por conta dos seus representantes no Executivo e no Legislativo”, critica.
Thaynara tinha sido filiada ao PSB entre 2012 e 2017. Foi secretária geral da Juventude Nacional do PSB, fundadora do coletivo JSB Feminista e diretora da União Nacional dos Estudantes, representando o PSB. Em março, ela voltou à casa pelo Segmento das Mulheres.
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Palavra da vez
Para ela, a diversidade é um norte a ser seguido se quisermos realmente avançar rumo a uma sociedade mais justa.
“A gente precisa entender definitivamente que sem diversidade a gente não vai entrar verdadeiramente no século 21. Pensar nas políticas públicas, partidárias e pensar no valor humano a gente pode vislumbrar um futuro mais otimista, sabendo q a política é uma construção de futuro”, conclui.
XV Congresso Nacional do PSB
Socialistas de todo o país se reuniram, em Brasília, para realizar o XV Congresso Nacional do PSB. Um grande evento onde foi aprovada a Autorreforma do partido, o novo Manifesto, que substitui o documento de 1947, e os nomes para compor a Executiva e o Diretório nacionais do partido.
Foram três dias de muito debate e decisões sobre o socialismo criativo defendido pelos socialistas para a construção de um plano nacional de desenvolvimento para o país, que preze pelo fim das desigualdades e pela defesa incansável da democracia.