
A sexta vereadora mais votada de São Paulo, com mais de 50 mil votos válidos, Erika Hilton (PSOL) marcou a história das eleições municipais brasileiras. Nesse domingo (15), ela se tornou a primeira mulher transgênero a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo.
Ex-estudante de gerontologia da UFSCar e “codeputada” na Bancada Ativista da Assembleia Legislativa, mandato coletivo encabeçado pela deputada Mônica Seixas (PSOL), ela resolveu se candidatar a vereadora. Em janeiro, Erika chegará à Casa junto com outra pessoa trans que também aparece entre os candidatos mais votados, o Thammy Miranda (PL).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Erika afirma que a movimentação de pessoas trans na política é uma resposta “ao fascismo que o Bolsonaro e o bolsonarismo trouxe ao Brasil”.
“Nós nos sentimos muito acuadas e amedrontadas com a eleição do presidente e percebemos que, se não nos organizássemos e nos colocássemos dentro das Casas Legislativas para tomadas de decisão, talvez nós continuássemos sendo aniquiladas de forma bárbara”, disse a futura vereadora.
A ativista resolveu seguir um mandato individual após experiência negativa em mandatos coletivos. Segundo ela, a sua pauta “se viu espremida dentro de um gabinete”. Considerando a importância e urgência de pautas que debatam os direitos básicos de uma pessoa transgênero na nossa sociedade, Erika lançou uma candidatura individual com muito projetos para a comunidade:
“Ampliar as vagas do projeto Transcidadania, melhorar o projeto para que tenha continuidade, para que tenha parceria com empresas para que depois de dois anos as meninas não precisem voltar para a prostituição, para o drogadicídio. Enfim, promovera dignidade humana a partir do emprego, da moradia, não é inventar a roda. É dar direito de cidadania para quem tem ele negado”, afirma.
Confira entrevista completa aqui.
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