
A Ucrânia pediu que os países da Europa Ocidental e os Estados Unidos enviem armas para ajudar na resistência contra a Rússia. O ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que “nossas melhores garantias são nossa diplomacia e armas”.
“Vamos mobilizar o mundo inteiro para termos tudo de que precisamos para fortalecer nossas defesas”, disse nesta terça-feira (22).
A expectativa é que Kuleba se encontre com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também nesta terça.
O pedido ucraniano foi atendido pelos EUA e Reino Unido, que enviaram, entre outros, mísseis antitanque e lançadores. A Alemanha, que depende em grande parte do gás natural vindo da Rússia, enviou capacetes.
O presidente russo, Vladimir Putin, que reconheceu formalmente duas regiões separatistas do leste da Ucrânia, pediu permissão ao Parlamento para usar as forças armadas no exterior.
“Eu não disse que nossas tropas irão para lá imediatamente”, afirmou Putin.
Com os decretos, que reconhecem a independência dos dois territórios, Putin autorizou o envio de militares russos para as regiões. A medida é considerada uma ameaça direta ao processo de paz no leste da Ucrânia, onde o conflito entre forças do governo e separatistas, apoiados por Moscou, já matou cerca de 15 mil pessoas.
Ele insistiu de que a melhor solução para o conflito é a Ucrânia desistir de se juntar à Otan e afirmou que o tratado de Minsk acabou. Putin novamente culpou a Ucrânia pelo fim do acordo de paz.
Ao longo do dia, os países também têm se movimentado para impor mais barreiras à Putin. A França anunciou sanções contra instituições e indivíduos russos enquanto a Comissão Europeia disse estar unida para “punir a Rússia”.
A própria Ucrânia pediu a imposição de sanções severas contra Moscou. “Acreditamos que existem razões boas e legítimas para impor pelo menos algumas das sanções agora para demonstrar que a União Europeia não está apenas falando sobre sanções, mas também está caminhando”, disse o ministro ucraniano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, em Bruxelas.
Com informações do g1