
Estudo publicado nessa quinta-feira (19) na revista científica The Lancet afirma que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e a farmacêutica AstraZeneca pode gerar resposta imunológica em adultos de todas as idades. Os testem incluem aqueles com mais de 70 anos, que correm o maior risco de desenvolver a forma grave da doença.
Foram recrutadas 560 pessoas saudáveis para o estudo. Os participantes foram divididos em três grupos com diferentes faixas etárias: 18 a 55 anos, 56 a 69 anos e 70 anos de idade ou mais.
A pesquisa, no entanto, ainda se refere ao teste clínico de fase 2, quando os pesquisadores verificam se a vacina pode gerar uma resposta imunológica do corpo para combater a infecção e procuram pela dose necessária para motivar essa reação.
Segundo o artigo, os anticorpos neutralizantes do vírus foram encontrados em 99% dos pacientes de todas as idades em 28 dias após a dose de reforço. Os anticorpos neutralizantes conseguem se ligar à coroa em forma de espinhos que reveste o vírus e impede que ele se ligue e inicie a infecção nas células humanas. Nenhuma reação grave relacionada à imunização foi registrada, diz o texto.
Os cientistas também relatam um pico na quantidade de células T (ou linfócitos T) no 14° dia após a aplicação da primeira dose. Essas células têm um papel importante na defesa contra a doença, pois conseguem destruir as células infectadas e evitar assim que o vírus se espalhe ainda mais.
Vacina no Brasil
A eficácia da vacina de Oxford para proteger contra a Covid-19, porém, só deve ser divulgada após a finalização dos testes de fase 3. Voluntários brasileiros, sob a coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estão sendo testados.
O governo federal tem um acordo para distribuir a imunização usando a estrutura da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) caso ela seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O acordo inclui a compra de 100 milhões de doses pelo Ministério da Saúde.
Com informações da Folha de S. Paulo