
Neste sábado (23), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin. Ele disse que o encontro seria importante para “pôr fim à guerra”. Reforçou, ainda, que não tem medo do líder de Moscou.
Em uma entrevista coletiva, no centro de Kiev, ele disse à imprensa que vê o encontro como uma possibilidade de estabelecer um acordo de paz entre os dois países. “Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim nela”, disse.
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“Eu insisti desde o início sobre negociações com o presidente russo”, disse. “Não é que eu queira e sim que devo encontrá-lo para resolver esse conflito pela via diplomática”.
Porém, Zelensky também alertou a Rússia que encerrará todas as negociações de paz caso soldados ucranianos sejam mortos em Mariupol, no sudeste do país.
“Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados supostos referendos na região de Kherson, a Ucrânia vai se retirar de todo processo de negociação”, afirmou.
Também neste sábado, uma tentativa de retirar civis de Mairupol foi impedida pelas tropas russas. De acordo com o conselheiro da prefeitura local, Petro Andryushchenko, cerca de 200 habitantes da cidade foram para o ponto marcado de embarque, mas foram retirados pelos militares russos.
Já são quase dois meses de bombardeios e cercos e
Após quase dois meses de cerco e de bombardeios, grande parte de Mariupol, um estratégico porto industrial no Mar de Azov, foi ocupada pelas tropas russas, mas soldados ucranianos permanecem entrincheirados nos quilométricos túneis da siderúrgica Azovstal.