Pronto, já chegamos aos 200 mil brasileiros mortos.
Isso não é uma simples estatística. Não é um infográfico da Rede Globo. São 200 mil pessoas que têm pais, mães, amigos, noivas, parentes. Brasileiros que morreram sem poder respirar em hospitais ou fora deles.
Está certo que a Covid-19, com ou sem Jair Bolsonaro (sem partido), ceifaria milhares de vidas. Mas é certo, também, que o Sistema Único de Saúde (SUS), uma conquista da esquerda brasileira, salvou milhares de vidas.
Quantas vidas seriam poupadas se o Brasil tivesse um governo minimamente preocupado com a saúde, que coordenasse ações e trabalhasse efetivamente para reduzir esse terrível dano? E não um negacionista cruel, cínico e destituído de qualquer prurido de decência e compaixão.
Não importa se ainda tem 30% da população que apoia o seu governo. O que este presidente fez e fala é motivo mais do que suficiente para ser impedido de continuar a desrespeitar a dor de cada família, da cada amigo ou companheiro.
Não há mais razões políticas ou institucionais que justifiquem a omissão do presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de não colocar na pauta legislativa um, ou todos, os mais de 50 pedidos de impeachment deste presidente vocacionado para o genocídio.
A tradição do Brasil é se mobilizar por Projetos de Lei. Foi assim na campanha do “Petróleo é Nosso”, com a aprovação da Lei nº 2004, de 1953; na campanha das ‘Diretas Já’, pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira; na campanha pelo impeachment de Fernando Collor.
E será assim na campanha pelo impeachment de Jair Bolsonaro. Vacinação Já!
*Domingos Leonelli é ex-deputado federal, atualmente presidente do Instituto Pensar e coordenador do portal Socialismo Criativo