
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu restrições a Cuba que haviam sido impostas por seu antecessor, Donald Trump. Entre as medidas estão o fim do teto de US$ 1 mil trimestrais para remessas de cubanos expatriados para seus parentes que continuam na ilha e o restabelecimento de um programa de reunificação familiar que estava paralisado desde 2017. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (16).
Leia também: EUA exclui Cuba da Cúpula das Américas
Além disso, o governo Biden vai acelerar a emissão de vistos para cubanos e permitirá o envio de remessas para apoiar “empresários cubanos independentes”. De acordo com o Departamento de Estado, isso permitirá que empreendedores “expandam suas atividades”.
“Queremos apoiar as aspirações de liberdade e de maiores oportunidades econômicas dos cubanos”, afirmou a pasta.
Em resposta, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que as medidas são uma “resposta limitada na direção correta”, mas não promovem uma mudança nos “principais instrumentos da política fracassada dos Estados Unidos” contra o país.
Prometeu, mas cumpriu em partes
Biden prometeu em setembro de 2020, durante a campanha, que “tentaria reverter as políticas fracassadas de Trump que infligiram danos aos cubanos e suas famílias”. Seu governo estava realizando uma revisão das medidas do ex-presidente em Cuba desde que o democrata assumiu o cargo em janeiro de 2021.
Como Biden lida com Cuba pode ter implicações políticas, já que ele perdeu a Flórida para Trump na eleição de 2020 depois que o ex-presidente afirmou repetidamente que Biden transformaria os EUA em um “país socialista” se ele ganhasse, uma mensagem que ressoou entre os cubano-americanos.
Leia também: Apesar do embargo, Cuba mantém programas de desenvolvimento humano
As mudanças anunciadas na política de Cuba vieram após uma longa revisão ordenada pelo presidente e representam os maiores passos políticos em direção à ilha desde que Biden assumiu o cargo.
No entanto, o atual governo não conseguiu restabelecer totalmente a abordagem do governo Obama em relação a Cuba, deixando em vigor algumas restrições e mantendo sanções a certas entidades.
Os EUA mantém proibido o turismo estadunidense em Cuba e que indivíduos viajem para lá para fins educacionais, mesmo depois de afrouxar algumas restrições da era Trump.
Com informações da CNN Brasil