
O jornal Valor Econômico traz a primeira de uma série de pesquisas XP/Ipespe. A pesquisa aponta o deputado Celso Russomanno (Republicanos) e o prefeito Bruno Covas (PSDB) como tecnicamente empatados na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Russomanno está numericamente à frente, com 24%. Covas tem 21%.
Na sequência aparecem Guilherme Boulos (Psol), com 10%, e Márcio França (PSB), 9%. Jilmar Tatto (PT), Arthur do Val (Patriota) e Andrea Matarazzo (PSD) têm 2%. Cinco nomes marcam 1%.
Quase um terço do eleitorado não tem candidato. O percentual de indecisos ou dispostos a votar nulo ou em branco está dentro do padrão para essa fase da campanha, afirma o cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
Russomanno e Covas também ostentam taxas semelhantes de rejeição: 47% dizem que não votariam no tucano “de jeito nenhum”; 49% afirmam isso sobre deputado e apresentador de TV. As taxas mais altas de rejeição são de Levy Fidelix (PRTB), 58%; e Joice Hasselmann (PSC), 55%.
Apesar da liderança numérica, só 26% acham que Russomanno irá vencer a eleição (Covas lidera nesse quesito com 34%). Esta é a terceira vez que Russomanno disputa a prefeitura. Em 2012 e 2016, ele também liderou no início, mas foi perdendo força e não chegou ao segundo turno.
Lavareda destaca que agora a campanha do deputado parece mais estruturada do ponto de vista partidário. Há ainda a perspectiva de eventual reflexo positivo ao ter seu nome associado ao presidente Jair Bolsonaro, que o apoia.
“Bolsonaro tem rejeição de 48% na capital. É óbvio que esses eleitores não vão, em grande medida, ter motivação para votar em um nome associado a ele. Mas tem um contingente que pode assegurar a chegada do Russomanno ao segundo turno. Está cedo para dizer se o apoio do Bolsonaro pode inviabilizar a vitória do Russomanno. O que é certo é que pode ajudar bastante para a chegada dele ao segundo turno, mas é insuficiente para garantir a vitória”, afirma.