
Desde 2004, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) busca cidades que se destacam por suas iniciativas destinadas a fazer da cultura e da criatividade um motor do desenvolvimento sustentável e da promoção do bem-estar de seus cidadãos. Essas cidades formam uma rede de “cidades criativas”.
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As cidades são distribuídas em sete áreas: Artesanato e arte popular, Design, Filme, Gastronomia, Música, Media Arts e Literatura.
No Brasil, dez cidades já integram a rede. Belém, Belo Horizonte, Florianópolis e Paraty em Gastronomia; Brasília, Curitiba, e Fortaleza em Design; João Pessoa em Artesanato e arte popular; Salvador, em Música, e Santos, em Filme. Santos, a propósito foi a escolhida para receber a conferência anual da rede em 2020, evento adiado por conta da pandemia de Covid-19.
Reconhecida por sua literatura
Nenhuma cidade brasileira, portanto, aparece entre as cidades criativas na área de Literatura. Poços de Caldas pretende mudar essa realidade. A cidade do interior mineiro apresentará a sua candidatura durante a realização do Flipoços, cuja edição virtual acontece a partir da próxima quarta-feira (11).
Para conquistar o título, a cidade terá que provar que mantém iniciativas editoriais e de incentivo à leitura, incluindo programas educativos com foco na literatura nacional ou estrangeira nas escolas e universidades e que a literatura tenha um papel de destaque na sua vida cotidiana e na sua economia.
Conta também a experiência na organização de eventos e festivais literários com o objetivo de promover a literatura e o número de bibliotecas, livrarias e centros culturais dedicados à preservação, promoção e disseminação da leitura.
Festivais literários
O Flipoços contribui para isso. Na sua última edição, o festival recebeu 60 mil visitantes e 80 expositores que movimentaram, segundo estimativas dos organizadores, R$ 3 milhões. A cidade – que, segundo o IBGE, tem 168,6 mil habitantes – conta com três livrarias – uma delas dedicada ao público infantil – e ainda cerca de 16 bibliotecas (quatro públicas, quatro universitárias e cerca de seis escolares).
O Instituto Moreira Salles também mantém uma sede no município, o que conta no critério “centros culturais dedicados à preservação, promoção e disseminação da leitura”.
A candidatura é ainda patrocinada pelo Polígono Sul-Mineiro do Livro, agremiação que reúne bibliotecas, centros culturais e iniciativas de apoio à leitura em 28 microterritórios literários do Sul de Minas.
Com informações do Publish News
Olá. Excelente ideia a de transformar e tornar cidades conhecidas através da literatura. Abraços.