
Com a aprovação do uso emergencial da Coronavac neste domingo (17), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perdeu popularidade nas redes, enquanto o governador paulista, João Doria (PSDB), viu sua fama crescer.
Leia também: Com derrota em vacina, militares defendem saída de Pazuello
A vacina produzida na China se tornou ranking político do governador com Bolsonaro após o presidente mandar cancelar a compra de 46 milhões de doses do imunizante feita pelo Ministério da Saúde. “Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”, disse o presidente na época.
Piora na pontuação de Bolsonaro
No último fim de semana, Bolsonaro teve a pior pontuação do mês de janeiro no ranking do Índice de Popularidade Digital (IPD), elaborado pela consultoria Quaest. A métrica avalia o desempenho de personalidades da política nacional nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.
Bolsonaro ainda é o primeiro colocado dentre uma lista de nove nomes que devem influenciar as eleições presidenciais de 2022, mas perdeu quase 20 pontos desde o início do mês.
Enquanto isso, Doria ganhou 18,7 pontos apenas entre o sábado (16) e o domingo, quando sua foto com Monica Calazans, enfermeira negra que foi a primeira brasileira vacinada, circulou nas redes sociais.
Fama de Doria
Com a escalada proporcionada pela Coronavac, o tucano bateu Lula (PT), Rodrigo Maia (DEM) e Ciro Gomes (PDT) e encostou em Luciano Huck (sem partido), em segundo lugar. A diferença entre eles é de apenas 0,3 ponto, com vantagem para o apresentador.
Os números traduzem o ápice da rivalidade que pautou a pandemia no país, em que Doria tentou ocupar o posto de protagonista do combate à crise sanitária se opondo à política do presidente de minimizar o impacto do coronavírus.
Nesta segunda (18), Bolsonaro mudou seu discurso e disse que o imunizante é a “vacina do Brasil” e não de “nenhum governador”, em recado ao tucano.
Com informações da Folha de S. Paulo
1 comentário