A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta sexta (25) que foram ajuizadas só em setembro 27 ações na Justiça para cobrar R$ 893 milhões de pessoas acusadas de desmatamento na Amazônia Legal. Segundo o órgão, o valor corresponde ao montante que deve ser reparado pelos danos ambientais causados em cerca de 35 mil hectares de floresta.
Os desmatamentos irregulares ocorreram em municípios do Amazonas (Lábrea, Nova Aripuanã e Manicoré), Rondônia (Alto Paraíso e Machadinho D´Oeste), Pará (Ulianópolis, Marabá e São Feliz do Xingú ), Mato Grosso (Nova Maringá, Santa Cruz do Xingú, São Felix do Araguaia e Peixoto de Azevedo) e em Mucajaí (RR).
Segundo a AGU, em cerca de um ano, foram solicitados pelo órgão na Justiça a reparação de 95 mil hectares da Amazônia, que totalizam R$ 2,2 bilhões em indenizações. No período, além das 27 ações protocoladas em setembro, o órgão também ajuizou mais 45 ações, no valor de R$ 1,3 bilhões. Cerca de R$ 570 milhões foram bloqueados dos acusados.
A atuação da AGU ocorre por meio de uma força-tarefa de procuradores e advogados da União para garantir o ressarcimento dos danos ambientais na Amazônia.
Incêndios na Amazônia
Propriedades rurais de médio e grande porte respondem por 72% dos focos de calor ocorridos em 2019 nas quatro maiores áreas críticas — os “hotspots” —, da Amazônia. A conclusão é do projeto Cortina de Fumaça, lançado nesta semana pela Ambiental Media em parceria com o Pulitzer Center, através do Rainforest Journalism Fund.
O trabalho cruzou dados oficiais públicos de desmatamento e queimadas, monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que reúne declarações de proprietários rurais sobre a área de seus imóveis.
Com informações da Agência Brasil