O candidato a vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que busca atrair o agronegócio com diálogo e que foi no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o setor ganhou impulso.
Em crítica à gestão ambiental do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), Alckmin afirmou que a destruição da Amazônia ameaça as exportações brasileiras, o que pode resultar em entrave nas vendas para o mundo.
Leia também: No JN, Lula enaltece Alckmin e diz que dupla é a mais preparada para governar o Brasil
“Quem impulsionou o agronegócio foi o governo do presidente Lula. Os juros eram de 2,5%, hoje é de 15%. Crédito agrícola, seguro rural, conquista de mercado. Hoje o maior perigo do agronegócio é a devastação da Amazônia”, afirmou, após participar do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília (DF).
“Hoje o maior perigo para o agro é a devastação da Amazônia, pode ter um entrave das vendas do agro para o mundo. O Brasil é o celeiro do mundo em razão das questões ambientais. É inacreditável ter uma devastação. Não é pelo agricultor, é por grilagem de terra”, disse.
Alckmin revelou que a chapa discute uma pauta de logística, com ampliação de crédito, de seguro agrícola e integração de modais, com ligação de ferrovias, rodovias, hidrovias e portos.
Para além disso, Alckmin defendeu ser necessário ampliar mercados, já que hoje o Brasil depende da China em grande medida. “Precisamos conquistar novos mercados. Se fizer acordo Mercosul-União Europeia, dá um salto de mercados”, disse.
Em crítica aos ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas, o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse ser “inaceitável” colocar em dúvida o atual sistema eleitoral e afirmou que o país deve se preocupar em discutir temas como economia e educação.
“O fato é que nós retrocedemos na questão democrática. É inaceitável você em pleno século XXI estar discutindo urna eletrônica, democracia. Inacreditável. Uma agenda errada, ultrapassada”, declarou.
“O que tem é que focar no emprego, renda, agenda de competitividade, reforma tributária, simplificação tributária, custo de capital, logística, educação de qualidade, pesquisa e inovação”, disse.
O candidato a vice também reprovou as flexibilizações ao acesso de armas promovidas pelo governo Bolsonaro e defendeu outros caminhos para melhorar a segurança pública, com inteligência policial e tecnologia.
“Arma é para profissional. É dever do Estado proteger a população. Proliferar arma você vai pôr mais risco na população e acaba na mão do bandido”, declarou.
Alckmin também defendeu a criação de uma secretaria específica no Ministério da Saúde para tratar de investimentos em Santas Casas e instituições filantrópicas. Essas entidades passam por endividamentos, o que faz da frase do ex-governador um aceno ao setor.
“O Ministério da Saúde tem que ter uma secretaria só para filantrópicos. Quando ouvimos mais, erramos menos. Não vamos fazer mágica”, afirmou.