Com a missão de ampliar o diálogo com o agronegócio e empresários, o candidato a vice-presidente e ex-governador, Geraldo Alckmin (PSB), abre no início da próxima semana uma rodada de conversas com associações do setor no estado do Mato Grosso.
A previsão é que Alckmin assuma essa frente da campanha para intensificar os encontros com representantes do agro em estados como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Leia também: Em pesquisa Quaest, Lula tem 51% dos votos válidos e vence no primeiro turno
Os primeiros encontros de Alckmin com representantes do setor que foi majoritariamente cooptado pelo bolsonarismo, foram pré-agendados pelo senador Carlos Fávaro (PSD).
As primeiras reuniões serão com o Fórum Agro MT, que reúne as maiores entidades do agronegócio no estado, como Aprosoja, Ampa (produtores de algodão), Famato (agricultura e pecuária), Acrimat (sementes) e outras.
Fávaro tem sido sondado pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para concorrer ao governo do Mato Grosso. O petista conversou nesta terça (2) com o senador para que houvesse um palanque forte no Estado para enfrentar Jair Bolsonaro (PL), que segue com forte apoio de representantes dos agronegócio.
O senador já era o coordenador regional da campanha do petista, mas não respondeu oficialmente sobre a possibilidade de concorrer ao governo. A decisão deve ser tomada até o próximo dia 05, último dia do prazo para realização das convenções partidárias.
Em julho, a chapa Lula-Alckmin comemorou a aproximação com o deputado federal Neri Geller (PP), da bancada ruralista, que será o candidato de Lula ao Senado. Nacionalmente, o PP está com Bolsonaro.
Para o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a escolha do nome de Alckmin para liderar o diálogo com o agronegócio foi acertada. “Alckmin tem habilidade. Ele vai cumprir missões espinhosas que normalmente o titular não está disposto a cumprir. Às vezes, não convence todos, mas convence a alguns As conversas podem gerar frutos eleitorais e políticos”, afirmou.