
A oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) realizará um ato público em frente ao edifício do Congresso Nacional, em Brasília, nesta quarta-feira (30), a partir das 16h. A manifestação tem o objetivo de pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a apreciar o chamado Superpedido de Impeachment do presidente da República.
Acompanhe o ato na Liderança da Minoria da Câmara
O pedido foi elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), tendo como signatários parlamentares de diferentes campos políticos, entidades representativas da sociedade e personalidades. No documento estão reunidos todos os crimes cometidos por Bolsonaro desde o início do mandato.
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A entrega do pedido está programada para as 15h. Na sequência, às 16h, uma coletiva suprapartidária será realizada no Salão Verde da Câmara, para apresentar a peça à imprensa. Depois, os participantes se deslocam até à Alameda dos Estados, em frente ao prédio do Congresso, para realizarem um ato público.
Socialistas comentam Superpedido de Impeachment
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), comentou a entrega do superpedido hoje na Câmara.
O líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), anunciou nesta terça a ação desta quarta-feira.
O líder da bancada do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PE), falou sobre a dificuldade de se fechar o superpedido diante da avalanche de novos fatos políticos que implicam Bolsonaro.
Agenda do Superpedido de Impeachment
Quarta-feira, 30/6
15h: Protocolização virtual do superpedido de impeachment na Câmara dos Deputados
16h: Coletiva de Imprensa
17h: Ato Público na Alameda dos Estados
Alguns dos partidos e entidades que assinam o documento
- ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia)
- Coalizão Negra por Direitos
- Ambientalistas, como Rafael Echeverria Lopes e Enilde Neres Martins
- MBL (Movimento Brasil Livre)
- Advogado Mauro Menezes, ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República
- Ex-aliados de Bolsonaro, como deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP)
Alguns dos crimes mencionados no pedido
- Crime contra a existência política da União
Ato: fomento ao conflito com outras nações - Crime contra o livre exercício dos Poderes
Ato: ameaças ao Congresso, STF e interferência na PF - Tentar dissolver ou impedir o funcionamento do Congresso
Ato: declarações do presidente e participação em manifestações antidemocráticas - Ameaça contra algum representante da nação para coagi-lo
Ato: disse que teria que “sair na porrada” com senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da CPI da Covid - Opor-se ao livre exercício do Poder Judiciário
Ato: interferência na PF - Ameaça para constranger juiz
Ato: ataques ao Supremo - Crime contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
Ato: omissões e erros no combate à pandemia - Usar autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder
Ato: trocas nas Forças Armadas e interferência na PF - Subverter ou tentar subverter a ordem política e social
Ato: ameaça a instituições - Incitar militares a desobedecer a lei ou infração à disciplina
Ato: ir a manifestação a favor da intervenção militar - Violar direitos sociais assegurados na Constituição
Ato: omissões e erros no combate à pandemia - Crime contra a segurança interna do país
Ato: omissões e erros no combate à pandemia - Permitir a infração de lei federal de ordem pública
Ato: promover revolta contra o isolamento social na pandemia - Crime contra a probidade na administração
Ato: gestão da pandemia e ataques ao processo eleitoral - Expedir ordens de forma contrária à Constituição
Ato: trocas nas Forças Armadas - Proceder de modo incompatível com o decoro do cargo
Ato: mentiras para obter vantagem política - Negligenciar a conservação do patrimônio nacional
Ato: gestão financeira na pandemia e atrasos no atendimento das demandas dos estados e municípios na crise de saúde - Crime contra o cumprimento das decisões judiciárias
Ato: não criar um plano de proteção a indígenas na pandemia - Blindar subordinados em caso de delitos
Ato: não pediu investigação de suposta irregularidade na Covaxin