Um avião do modelo Boeing 737 da China Eastern Airlines com 132 passageiros, entre eles nove tripulantes, caiu nesta segunda-feira (21) no sul da China, segundo a agência de aviação civil do país.
De acordo com a TV estatal chinesa, a queda aconteceu em Guangxi, região montanhosa no sul da China, e provocou um incêndio no local. A agência de aviação civil da China confirmou o episódio e informou que o voo fazia a rota entre as cidades de Kunming e Guangzhou.
O avião caiu em linha reta, conforme se pode ver no video abaixo:
A operação de resgate está, neste momento, a caminho do local. A queda aconteceu por volta das 14h30 no horário local.
A China Easter Airlines colocou seu site em preto e branco, como costuma fazer quando há acidentes envolvendo seus aviões.
A aeronave, um Boeing 737-800, tinha seis anos, de acordo com o site Flight Radar, que monitora voos em todo o mundo. Ainda segundo o site, o avião perdeu contato com as torres quando sobrevoava a cidade de Wuzhou, no sul do país.
Leia também: Petrópolis tem mais mortos e desaparecidos após temporal
No momento, o voo estava a uma altitude de 29.100 pés. Apenas 15 segundos mais tarde, a altitude registrada pelo Flight Radar caiu para 9.075 pés e, 20 segundos depois, para 3.225 pés.
A aviação civil da China é considerada uma das mais seguras do mundo, e o último acidente no país ocorreu em 2010, quando 44 pessoas morreram na queda de um Embraer E-190, da Henan Airlines, quando o voo se aproximava do aeroporto de Yichun.
Líderes chineses exigem esforço máximo no resgate
Xi ordenou o lançamento imediato da resposta de emergência e exigiu esforços para organizar o trabalho de busca e resgate e lidar adequadamente com as consequências.
O presidente chinês também determinou nomear os membros do Conselho de Estado para descobrir a causa do acidente o mais rápido possível, fortalecer a investigação dos riscos de segurança na aviação civil e garantir a segurança absoluta das operações da aviação e da vida das pessoas.
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em uma declaração em separado, exigiu esforços máximos para procurar sobreviventes, fazer todo o possível para tratar os feridos, lidar adequadamente com as consequências e consolar as famílias das vítimas.
Li pediu às autoridades que publiquem informações de maneira factual, oportuna e precisa, investiguem seriamente a causa do incidente e tomem medidas fortes para fortalecer a gestão da segurança da aviação civil.
Seguindo as instruções, grupos de trabalho de departamentos relacionados foram enviados para orientar o tratamento do incidente.
Companhia aérea ativou protocolos de emergência depois da queda da aeronave
A China Eastern Airlines ativou os mecanismos de resposta a emergências depois que o avião de passageiros com 132 pessoas a bordo caiu nesta segunda-feira (21). Havia 123 passageiros e nove tripulantes.
Uma equipe de trabalho partiu para o local do acidente na cidade de Wuzhou, região autônoma de Guangxi Zhuang, no sul da China.
A companhia aérea suspendeu o voo de todas as aeronaves Boeing 737-800 após o acidente.
As ações da Boeing caíram nesta segunda-feira depois da queda do jato 737 no sul da China. As ações da fabricante de aviões caíram 7,8 % nas negociações de pré-mercado depois da queda do jato na Região Autônoma de Guangxi Zhuang.
Boeing no centro de mais um acidente aéreo
O acidente com mais um avião da Boeing reacendeu a polêmica que é retratada pelo documentário “Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing” (Downfall: The Case Against Boeing), disponível na plataforma de streaming Netflix.
O longa com 1h29 de duração foi lançado neste ano. É dirigido por Rory Kennedy e explora a catástrofe antes da catástrofe: acidentes resultantes de uma empresa que cedeu ao capitalismo puro e duro ao custo da segurança dos equipamentos.
Dois acidentes são narrados pelo filme. As tragédias ocorreram em outubro de 2018 e em março de 2019 – um número altíssimo dentro do universo da aviação. O primeiro envolveu uma aeronave da Lion Air, enquanto o segundo, na Ethiopian Airlines; ambos unidos por um mesmo tipo de avião intitulado 737 MAX.
A Boeing do capitalismo financeiro começa em 1997, quando a companhia compra a McDonnell Douglas e absorve um conselho mais preocupado com o dinheiro do que com a cultura de segurança. A empresa deixa para trás o legado da engenharia e abarca um monstro corporativo que deixava os acionistas felizes porque sempre havia lucros e gordos dividendos.
Confira o trailer:
Sem aumento da taxa de juros na China
A China manteve a taxa de juros de referência para empréstimos corporativos e familiares inalterada em relação ao mês anterior. A medida atende as expectativas do mercado, como mostraram dados do Centro Nacional de Financiamento Interbancário (NIFC) nesta segunda-feira (21).
A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR), uma taxa de empréstimo de referência baseada no mercado, foi mantida em 3,7%, enquanto a LPR de mais de cinco anos, na qual muitos credores baseiam suas taxas de hipoteca, permaneceu em 4,6%.
Mais da metade dos traders e analistas consultados em uma pesquisa da Reuters na semana passada esperavam que a China mantivesse ambas as taxas inalteradas. Os mercados agora esperam amplamente que os formuladores de políticas retomem a flexibilização monetária em breve para reviver a economia.
Aumento na geração de energia solar e eólica
A capacidade instalada da China para gerar energia eólica e solar aumentou nos dois primeiros meses do ano. Os resultados refletem o objetivo do país de acelerar os esforços para alcançar a neutralidade de carbono.
De acordo com dados da Administração Nacional de Energia divulgados nesta segunda-feira (21), no período de janeiro a fevereiro, a capacidade instalada de energia eólica saltou 17,5% ano a ano, atingindo 330 milhões de quilowatts.
Já a capacidade instalada de energia solar atingiu 320 milhões de quilowatts durante o período, um aumento de 22,7% em relação ao ano anterior.
No final do mês passado, a capacidade total de geração de energia instalada da China era de 2,39 bilhões de quilowatts, um aumento de 7,8% ano a ano.
A segunda maior economia do mundo anunciou que se esforçará para atingir o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.
Para esse fim, a China pretende aumentar gradualmente a participação do consumo de energia não fóssil para cerca de 20% até 2025, cerca de 25% até 2030 e mais de 80% até 2060, de acordo com um documento divulgado pelo Comitê Central do Partido Comunista da China e o Conselho de Estado.
Publicado originalmente na Revista Fórum