É piada pronta. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello um dos principais responsáveis pela sucessão de erros do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia do coronavírus, vai escrever o novo plano de governo do presidente.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, o ex-ministro foi convocado pelo próprio Bolsonaro para a tarefa. Pazuello, que é general da reserva e atual candidato a deputado federal pelo PL no Rio de Janeiro, foi incumbido de elaborar um programa mais amplo, menos vago do que as 81 páginas do “Caminho da prosperidade”, produzido para as eleições de 2018.
O colunista lembra ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai contribuir, mas não está na linha de frente da equipe.
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Pior ministro da história
Pazuello entrou para a história como um dos piores – senão o pior – ministros da Saúde da história do país. Autor da frase “um manda e o outro obedece”, o general da reserva defendeu o uso do Kit Covid, com medicamentos considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como ineficazes contra a doença e esteve no centro da crise de oxigênio em Manaus, que provocou uma série de mortes.
O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou em julho de 2021 à 20ª Vara de Justiça Federal uma ação de improbidade administrativa contra Pazuello. Ele é acusado de causar danos de R$ 122 milhões à União.
Oito procuradores apontaram seis atitudes do ex-ministro que justificariam o inquérito:
- Omissão da compra “tempestiva” de vacinas contra a covid-19 para imunizar a população ainda em 2020;
- Adoção “ilegal” do “tratamento precoce” contra a doença;
- Omissão na ampliação da testagem e distribuição de exames PCR, que perderam a validade;
- Obstrução deliberada de informações sobre a pandemia;
- Omissão na compra e distribuição de medicamentos para pacientes internados com Covid;
- Omissão na realização de campanhas de conscientização sobre a necessidade de distanciamento social e uso de máscaras.