Liderada pela socióloga Rosângela Silva, a Janja, no governo de transição, a posse de Lula (PT) no dia 1º de Janeiro deve atrair milhares de pessoas de todo o país em uma grande festa popular, que ganhou o nome de Festival do Futuro. Mas, é justamente a viagem dessas caravanas até Brasília quem preocupa Janja e o cerimonial.
Apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL) seguem bloqueando estradas pelo país em atos golpistas e o receio é justamente que isso impeça as caravanas de chegarem à capital federal.
Além disso, há ainda uma outra questão: a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Comandada pelo bolsonarista Silvinei Vasques, a corporação pode repetir o feito nas eleições, quando parou diversos ônibus que levavam eleitores – principalmente no Nordeste – em uma tentativa desesperada de impedir que os lulistas votassem.
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O governo de transição receberá nos próximos dias o relatório dos locais onde os bloqueios persistem e deve montar uma estratégia para abrir as estradas às vésperas da posse – com o receio que o movimento ganhe força justamente para impedir que as caravanas se dirijam à Brasília.
Nesta quinta-feira (1º), Janja e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, estiveram com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para acertar detalhes sobre o esquema de segurança na posse.
Estive, na manhã de hoje, com o vice-presidente @geraldoalckmin e o governador do DF, @IbaneisOficial, para agradecer a disponibilidade governo distrital e das instituições responsáveis para o sucesso da realização da posse e do Festival do Futuro. pic.twitter.com/izYJhMc1cp
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) December 1, 2022
No entanto, a articulação tem que ser feita também com o Ministro da Justiça, Anderson Torres. Fiel a Bolsonaro, o ministro é quem tem o comando da PRF e da Polícia Federal, corporações essenciais para garantir a posse de Lula.