
O ex-vice-prefeito de Olinda (PE), Paulo Valença (PT), foi brutalmente agredido por um vizinho bolsonarista nesta terça-feira (17) na cidade de Paulista (PE), onde vive atualmente.
Segundo relato enviado a amigos, familiares e militantes do PT, o vizinho, identificado como Alberto, estava dedetizando seu apartamento e orientou o trabalhador da dedetização a fazer o procedimento com veneno também em um jardim e em um local onde há poço de água, sem combinar com os demais moradores do prédio. Valença, então, teria se queixado e o vizinho respondido com violência brutal.
Fotos postadas nas redes sociais mostram Paulo Valença com ferimentos na cabeça, no ombro e nos braços. Ele chegou a desmaiar com as agressões e o vizinho ainda tentou atirar uma pedra contra ele quando estava desacordado no chão. Segundo o petista, foi o trabalhador da dedetização, identificado como Mateus, que impediu o novo golpe. Valença diz que o vizinho agressor “odeia petista”.
Leia também: Deputado bolsonarista ameaça Lula de morte com pistola
O ex-vice-prefeito foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e atendido na emergência do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (SASSEPE), onde passou por tomografia, radiografia do tórax, coluna cervical e lombar. Ele ainda levou três pontos para fechar o corte aberto em sua cabeça.
À Fórum, um amigo de Paulo Valença confirmou o ocorrido, informou que o ex-prefeito está bem e que já conta com orientação jurídica. Ele deve, nos próximos dias, registrar
um boletim de ocorrência contra o vizinho.
Agressão bolsonarista na Câmara
Há uma ano, no mesmo dia, 18 de maio, o deputado bolsonarista Diego Garcia (Podemos-PR) deu um soco no deputado Paulo Teixeira (PT-SP), após ter seu pedido de adiamento de discussão da matéria rejeitado em uma sessão da Câmara dos Deputados . Os parlamentares discutiam o projeto de lei (PL 0399/15) que trata o uso medicinal de cannabis.
Os deputados que eram a favor do requerimento deveriam se manifestar. Como não houve manifestação, Teixeira negou o pedido. Diego Garcia, então, pediu a votação nominal do requerimento, que também foi negado. A discussão ficou mais acalorada e o deputado do Podemos chegou a dizer que a reunião não continuaria caso Teixeira não aceitasse seu pedido.
Na época, o líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), expressou solidariedade ao deputado Paulo Teixeira. O parlamentar lamentou o episódio e ressaltou que a Câmara dos Deputados deve ser um local de debate e respeito às diferenças, e não palco para atitudes violentas, que vão contra os princípios da Casa.