Bolsonaro ameaça “convulsão social” e lembra golpe de 64

A chegada do diretor da CIA, William J. Burns, ao Brasil parece ter dado coragem ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de subir suas críticas ao processo eleitoral e voltar a ameaçar um novo golpe como o de 64, que teve suporte da agência de inteligência dos Estados Unidos. Burns chegou ao Brasil na quinta-feira (1). A vinda da autoridade estadunidense ao país não foi previamente divulgada pelo governo brasileiro e nem mesmo pelo governo dos EUA.

Em live à noite, após passagem de Burns pelo Planalto, Bolsonaro ameaçou provocar uma convulsão social no Brasil, caso as pesquisas de intenção de voto se confirmem e o ex-presidente Lula (PT) seja eleito para um terceiro mandato.

“Uma idiotice na CPI, não serve pra nada, só fofoca. Tentando desgastar o governo a todo momento. Espera 2022 e vão pro voto auditável. Esse voto mandrake não vai dar certo. Ou vamos ter convulsão no Brasil. Estou avisando com antecedência”.
Jair Bolsonaro

Bolsonaro aproveitou para criticar as investigações da CPI da Pandemia, que apontam para um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas dentro do Ministério da Saúde.

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Bolsonaro ataca Lula de forma desesperada

Atacando Lula de forma desesperada após as pesquisas registrarem cada vez mais um inevitável confronto com o petista no segundo turno, Bolsonaro ainda afirmou que não entregará a faixa ao ex-presidente caso seja derrotado em 2022.

“Vocês descubram uma maneria de fazermos uma contagem aberta dos votos e apresentar. Caso contrário teremos problema nas eleições do ano que vem. Eu entrego a faixa para qualquer um que ganhar de mim na urna de forma limpa. Na fraude, não”.
Jair Bolsonaro

Mesmo sem a agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro citar qualquer encontro com Burns, o estadunidense, no entanto, tem encontro marcado com os ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Trata-se de um jantar. A agenda de ambos os ministros não informa onde exatamente se dará esse encontro.

Burns, durante sua passagem por Brasília, está acompanhado do embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, que não deu detalhes sobre a presença do diretor da CIA no país. Na última semana, Burns esteve na Colômbia.

Com informações da Revista Fórum