O presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve de férias enquanto a Bahia afundava em enchentes e que mandou buscar um médico no Caribe porque não mastigou um camarão, começa 2022 com 57% de rejeição. O número faz parte da pesquisa PoderData, divulgada nesta quinta-feira (6).
Apesar de tentar faturar politicamente com sua última internação num hospital de luxo de São Paulo e dizer que é injusto afirmar que ele estava de férias enquanto curtia o mar do litoral de Santa Catarina, apenas 24% dos entrevistados disseram aprovar seu governo.
O atual chefe do Executivo tentou em vão se eximir de suas responsabilidades e exaltar a sua gestão em pronunciamentos em cadeia nacional antes do Natal e do Ano Novo.
O Poder360, que divulga a pesquisa, avalia que Bolsonaro não consegue recuperar a credibilidade perdida, especialmente, por conta da segunda onda da pandemia da covid-19, em 2021. Sob a falta de gestão e negacionismo bolsonarista, o Brasil liderou meses a fio recordes macabros de casos e mortes pela doença.
“Bolsonaro sofreu queda de popularidade de janeiro a março (de 2021), quando o Brasil registrava aumento de mortes diárias pela 2ª onda da covid-19. A partir daí, a taxa de ruim/péssimo do presidente passou a oscilar na faixa de 54%-63%; a de bom/ótimo, de 27%-38%”, lembra o Poder 360.
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A pesquisa avalia que a desaprovação é puxada por moradores da Região Nordeste, onde há 70% de rejeição a Bolsonaro, seguido pelos eleitores com ensino superior, com 68%, e pelas pessoas que tem entre 25 e 44 anos, com 64%.
A rejeição também é grande entre as mulheres, com 59% de rejeição ante 56% dos homens.
A pesquisa PoderData ouviu 3 mil eleitores, por telefone, em 501 municípios de todos os estados do País, entre os dias 2 e 4 de janeiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.