
O Brasil tornou-se nesse domingo (3) o nono país a ultrapassar a marca dos cem mil casos por coronavírus. São, agora, 101.147 infecções confirmadas de Covid-19, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Já a quantidade de óbitos chegou a 7.025. É a sétima nação com maior número de mortes pela doença.
Em apenas 24 horas, o país confirmou 4.588 novos casos e 275 óbitos, alçando posições no ranking das nações onde a Covid-19 faz mais estragos. Para especialistas, o Brasil segue essa escala ascendente devido a políticas de saúde pública desencontradas, falta de testes para pacientes e baixo engajamento ao isolamento social.
Há, também, o problema da subnotificação de contágios. Projeções do Imperial College de Londres mostram que, até atingir o pico da pandemia, 20 milhões de pessoas podem ser infectadas, e até 60 mil morreriam.
A maioria das metrópoles está com 70% a 90% de seus leitos de UTI ocupados. Nas próximas duas semanas, podem perder a conta de atender aos pacientes.
Um levantamento realizado pelo Imperial College mostra que o Brasil tem taxa de contágio do coronavírus de 2,8, a maior entre os 48 países avaliados. Ou seja, cada pessoa passa a infecção para quase três. Outros estudos, de instituições como a UnB (Universidade de Brasília), apontam que o país desconhece mais de 90% das contaminações por falta de um sistema de vigilância e monitoramento dos casos.