
No fim desta quarta-feira (29), o Brasil superou duas marcas simbólicas que mostram a força da disseminação do coronavírus pelo território nacional. De acordo com boletim de veículos de imprensa, o país conta com 2.555.518 ocorrências da Covid-19 e 90.188 óbitos, número equivalente ao de mortos pela bomba de Hiroshima, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.043 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias.
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O número de óbitos registrados em 24 horas foi recorde e foi impulsionado pelo estado de São Paulo, que somou as mortes de terça (28) e quarta (29) pelo fato de não ter divulgado um boletim.
Na manhã desta quinta-feira (30), o novo boletim divulgado às 8 horas, o país somou novas mortes e infectados, chegando a 90.212 óbitos e 2.556.207 ocorrências da Covid-19.
Dados do ministério divergem
Pelo balanço do Ministério da Saúde divulgado na noite desta quarta-feira, o Brasil tem 2.552.265 casos do novo coronavírus, com 90.134 mortes provocadas pela doença. Segundo a pasta, de terça para quarta foram registrados 69.074 casos de Covid-19, além de 1.595 óbitos.
Também nos cálculos do governo, os números notificados nas últimas 24 horas são os maiores registrados desde o início da epidemia no Brasil.
É preciso levar em consideração, no entanto, que na terça-feira o estado de São Paulo não atualizou os dados a tempo de serem incluídos no painel do ministério. Com isso, o estado permaneceu com a mesma quantidade de casos e de mortes de segunda para terça.
Segundo o balanço do ministério, São Paulo é o estado com mais casos da doença: são 514.197. Seguido por Ceará (169.072), Rio de Janeiro (161.647), Bahia (157.334) e Pará (151.849). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 22.839. Depois vêm Rio de Janeiro (13.198), Ceará (7.643), Pernambuco (6.484) e Pará (5.694).
Brasil reabre fronteiras
O governo federal decidiu reabrir as fronteiras aéreas para a entrada de estrangeiros no Brasil, que estava proibida desde o final de março devido à pandemia. A medida tem como objetivo auxiliar na retomada do turismo. O trânsito terrestre e transporte aquaviário, porém, permanecerão vetados por mais 30 dias.
Em São Paulo, onde já foram registrados mais de 500 mil casos da doença, o governador João Doria (PSDB) afirmou que dobrará a produção de vacina com doações de empresários, que teriam se comprometido com auxílio financeiro de R$ 96 milhões.
Doria enfrentou esta quarta-feira um protesto de professores da rede pública estadual de ensino, que se manifestam contra a retomada das aulas presenciais, prevista pelo governo paulista para 8 de setembro. Segundo o governador, a manifestação tem viés político.
A corrida pela vacina contra a doença continua intensa no exterior. A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira que fechou um acordo com o laboratório americano Gilead para o uso do antiviral remdesivir em cerca de 30 mil pacientes em casos graves de Covid-19 na União Europeia a partir de agosto.
Com informações do jornal O Globo