
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, se posicionou diante da declaração de apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao também petista Ricardo Coutinho, que pretende concorrer à vaga única no Senado Federal pela Paraíba.
A declaração trouxe momentos de instabilidade para a candidatura de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) no Estado.
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A declaração de apoio de Lula ocorreu durante o ato público realizado em Campina Grande nesta terça-feira (02), quando o petista disse apoiar o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Coutinho para disputar o governo do Estado e o Senado, respectivamente.
Com a declaração, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse imediatamente em entrevista a uma rádio local que o partido vai pedir a impugnação da candidatura de Coutinho ao Senado.
O atual governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB) disputa a reeleição e a indicação é de que a deputada Pollyanna Dutra (PSB) disputasse a vaga única do Senado na mesma chapa.
Para Siqueira, Pollyana poderia vencer por suas qualidades, talento e trajetória política. “Mas também ela estará disputando com alguém que todos nós sabemos que é inelegível, que é o senhor Ricardo Coutinho, né?”, disse.
O presidente nacional do PSB destacou que os problemas judiciais enfrentados por Coutinho o impedirão de ir até o fim da disputa. Isso porque em 2020, O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-governador da Paraíba inelegível.
À época, os ministros analisaram três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que pesaram contra Coutinho ainda durante o exercício do governo, entre 2011 e 2018.
Enquanto isso, João Azevêdo já declarou apoio ao ex-presidente Lula e o próprio ex-governador Geraldo Alckmin, vice do petista, confirmou presença na convenção do PSB na Paraíba, nesta sexta, quando o socialista irá oficializar a candidatura ao governo estadual.
Coutinho foi preso em 2019 por suspeita de comandar um esquema que, segundo o Ministério Público da Paraíba, teria desviado R$ 134 milhões da área de saúde pública da Paraíba. Até hoje, o petista nega todas as acusações.