O ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou nesta segunda-feira (31) que ainda não há confirmação de que o Brasil sediará a edição deste ano da Copa América de futebol. Ele deu a declaração em entrevista coletiva no final da tarde no Palácio do Planalto.
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O anúncio de que o Brasil foi escolhido como sede da competição foi feito mais cedo, nesta segunda, pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). A entidade chegou a agradecer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por “abrir as portas” do país.
“Ainda não tem nada certo, quero pontuar de forma bem clara. Estamos no meio do processo. Mas não vamos nos furtar a uma demanda, caso seja possível atender”, declarou Ramos.
Segundo o ministro da Casa Civil, a decisão deve ser anunciada nesta terça (1º).
Logo após o anúncio da Conmebol, especialistas em saúde criticaram a decisão em razão da pandemia. O Brasil soma mais de 462 mil mortes por Covid, além de 16,5 milhões de casos confirmados da doença.
Durante esta segunda, alguns governadores – entre eles o socialista Paulo Câmara, de Pernambuco – informaram que não aceitarão jogos em seus estados.
Sem citar nomes, Ramos disse não entender por que algumas pessoas criticaram a escolha do Brasil como sede da Copa América, uma vez que estão em andamento o Campeonato Brasileiro e a Taça Libertadores, além dos campeonatos estaduais, que acabaram na semana passada.
Condições para o Brasil receber a Copa América
Na avaliação de Luiz Eduardo Ramos, a situação do Brasil é “difícil” com a pandemia, mas o governo incluiu como condição para receber o evento todos os integrantes das delegações estarem vacinados.
Ainda de acordo com Ramos, também foram colocadas como condições:
- Não haverá público nos jogos;
- Serão no máximo dez seleções;
- Serão permitidas até 65 pessoas por delegação.
Conforme o ministro da Casa Civil, a eventual definição das cidades-sede da Copa América será de responsabilidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a partir de consultas aos estados.
Com informações do G1