Chuvas: socialistas pedem instalação de comissão do Congresso

Diante da omissão do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação as fortes chuvas que assolam, especialmente, Bahia, Minas Gerais e Goiás, os deputados socialistas Elias Vaz (PSB-GO) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) solicitaram a instalação da Comissão Representativa do Congresso Nacional.

O objetivo é tomar decisões urgentes que não podem esperar a volta dos trabalhos legislativos. O colegiado funciona temporariamente e pode ser convocado no período de recesso parlamentar.

“Bolsonaro virou as costas para essas tragédias. Em Goiás, no mesmo dia em que foi liberado de sua última internação, foi a Buriti Alegre (GO) para um jogo de futebol organizado por cantor sertanejo e nem tocou no assunto das várias cidades do Estado prejudicadas pelas inundações. A inoperância do governo federal diante desses fatos é gritante”, afirmou Eliaz Vaz.

Os parlamentares apresentaram requerimento ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que ele determine a instalação da comissão.

Camilo Capiberibe destacou a necessidade de buscar soluções.

A comissão é formada por sete senadores, 16 deputados e 16 suplentes. É um instrumento previsto pela Constituição e para ser instalado precisa da convocação do presidente do Congresso.

“Estamos acompanhando pela mídia as tragédias provocadas pelas chuvas. Não podemos esperar o fim do recesso parlamentar para agir. Vidas foram perdidas, famílias perderam tudo e ainda estamos no meio de uma pandemia. Precisamos dar uma resposta rápida à sociedade”, disse Vaz.

No requerimento, os socialistas destacam que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) têm alertado para o risco de novas inundações e deslizamentos de terra em algumas regiões.

“Diante dessa situação, essa Casa não pode esperar o retorno do recesso parlamentar para oferecer ajuda a população. É preciso que esse Parlamento se debruce sobre o problema em busca de soluções para essas famílias. Precisamos aprovar o mais rápido possível, medidas que tragam resultado efetivo para o problema”, escreveram os parlamentares socialistas no documento encaminhado a Pacheco.