O país mantém ascendente a curva de transmissão do vírus enquanto mais um ministro deixa a pasta da Saúde.

Em meio à instabilidade administrativa no Ministério da Saúde, agora com o pedido de demissão de Nelson Teich, o segundo a deixar a pasta em menos de um mês, o Brasil segue sem solucionar o gargalo dos testes rápidos para detecção do novo coronavírus.
O país mantém a curva ascendente de transmissão da Covid-19, com 14.455 mortes e 212 casos confirmados da Covid-19, até a tarde desta sexta-feira (15).
Imerso em tensões políticas, o presidente Jair Bolsonao patina nas ações para conter o avanço da epidemia. De acordo com o El País, o governo sequer consegue ampliar o número de testes disponíveis. Até o momento, a pasta distribuiu menos da metade (8,1 milhões) dos 17 milhões de exames que planeja entregar até o final de maio, conta o jornal.
Outro agravante da situação de contágios no Brasil, que está no auge da crise da Covid-19, podendo superar os EUA e chegar ao epicentro da pandemia, é o fato de o país não saber o total de testes já realizados na população.
Isso porque, segundo o jornal, o Brasil ainda não somou os dados que compila (só com laboratórios públicos) dos exames realizados na rede privada, já que apenas os resultados positivos feitos nos locais particulares entram no boletim diário do Ministério da Saúde.
A experiência internacional, no entanto, mostra que países que testaram mais têm apresentado mais êxito no combate ao coronavírus, uma vez que a informação ajuda a subsidiar o planejamento de estratégias a serem adotadas contra a doença.
Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere como essencial a realização de diagnósticos em massa para planejar as ações de combate ao vírus, bem como saber quando é seguro relaxar o isolamento social.
Com informações de El País e Globo News.