
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nível de transmissão da Covid-19 na Europa está mais alto do que na primeira onda da pandemia, entre março e abril. A situação é grave principalmente na França e na Espanha, onde foram registrados nessa quinta-feira (17) mais de 10 mil novos casos em um único dia.
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Após aumento de casos, o ministro da Saúde da França, Olivier Véran, incluiu as cidades de Lyon e Nice na lista de “zonas vermelhas”. O país agora tem 28 departamentos em estado crítico, entre eles Paris, Marselha, Bordeaux e Guadalupe, ilha francesa no Caribe.
Segundo o protocolo do governo francês, uma área entra na lista se tiver mais de 50 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em uma semana. Quando o limite é ultrapassado, as autoridades locais ganham poder para aumentar as ações de isolamento.
Na quarta-feira (16), o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, anunciou que 1,2 mil estudantes testaram positivo na última semana e 81 escolas foram fechadas. A fração, porém, ainda é pequena para as 60 mil escolas francesas.
Espanha
A maior preocupação da Espanha é com a sua capital, Madri, que contabilizou quase um terço dos 122 mil novos casos de Covid-19 registrados nas últimas duas semanas. Também nessa quinta-feira (17), o Ministério da Saúde espanhol alertou que a capacidade de alguns hospitais madrilenhos está perto do limite.
A velocidade dos contágios também preocupa especialistas pela capacidade de testagem. Na país, 13% dos testes têm resultado positivo. Mas em Madri, o índice de positividade chega a 22%.
Ao todo, 117 escolas e institutos foram fechados desde que as aulas presenciais foram retomadas na Espanha e um total de 212 colégios já adotaram algum tipo de medida restritiva.
“Os números de setembro deveriam servir de alerta para todos nós na Europa, onde o número de casos é superior aos registrados em março e abril”, disse o diretor da OMS no continente, Hans Kluge, que pediu atenção com a chegada do outono e com o início do ano escolar.
Com informações do Estadão