
Em pronunciamento, o Grupo Boticário informou que, contra com racismo a empresa não fará mais parte do Black Friday. Este ano o evento irá acontecer em novembro (27/11). As informações são da CNN Brasil.
O motivo? Não há nenhum dado científico que comprove que o termo não se relacione à questão da escravatura.
Uma das mais emblemáticas datas de promoções do varejo, a Black Friday tem ajudado inúmeras empresas a engordar o faturamento no final do ano. Não à toa, em 2019, o varejo online brasileiro faturou R$ 3,2 bilhões. Motivador, certo? Não para o Grupo Boticário.
“Não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário. Precisamos de algo maior e essa transformação deve vir por nós”, diz Grynbaum. “Sei que este não é o meu lugar de fala enquanto um CEO homem e branco e, por isso, todo o trabalho é realizado junto ao nosso grupo de afinidade ‘Além da Pele’ e o apoio de muitos especialistas”, reforçou o executivo.
Para não deixar as marcas do grupo fora da época de promoções, porém, a empresa lançará o “Beauty Week“, que dará descontos aos produtos da companhia no mesmo período que a Black Friday.
Dona de marcas como O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?, Beauty Box e Vult, o grupo não descarta, porém, impactos negativos em sua performance com a decisão. Porém, segundo o executivo é obrigação da companhia garantir um portfólio que atenda de maneira ampla a população brasileira.
“Naturalmente há riscos de perdas para o negócio, há pouco tempo para adaptarmos a estratégia e estamos comprometidos em seguir atendendo as necessidades dos nossos consumidores”, afirma.
O anúncio da companhia vem em linha com iniciativas lideradas pela gigante varejista Magazine Luiza e a multinacional farmacêutica e química, Bayer. Recentemente, anunciaram programas de trainees voltados exclusivamente para profissionais negros.
Com informação da CNN Brasil