
Nesta quarta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro nomeou o professor Carlos André Bulhões Mendes como novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para os próximos quatro anos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União, assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro. Bulhões ficou em terceiro lugar na lista tríplice para reitoria da UFRGS enviada para análise presidencial.
Desde o início do governo, 25 reitores de universidades federais já foram escolhidos por Bolsonaro. Destes, 14 foram indicados sem liderar uma lista tríplice, conforme a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Tradição esquecida
É prerrogativa do presidente da República definir os nomeados para o cargo de reitor após envio da lista com três nomes por parte da instituição. Até a gestão Bolsonaro, porém, era tradição o presidente escolher o mais votado pela comunidade acadêmica.
Bolsonarista, o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) já tinha antecipado a nomeação de Bulhões semana passada.
“O reitor foi escolhido dentro da lei, numa lista tríplice. Quem quiser nomear o reitor que faça 58 milhões de votos”, disse ao Estadão. Em 13 de julho, a chapa liderada pelo atual reitor, Rui Oppermann, venceu a disputa interna ao computar 45 votos. A candidata Karla Müller recebeu 29 votos e Carlos Bulhões, apenas três. O mandato de Oppermann termina dia 20.
UFRGS
O último reitor nomeado na UFRGS, sem ser o mais votado, foi Gerhard Jacob em 1988. Com mais de 100 cursos de graduação, a UFRGS conta com mais de 32 mil alunos. No começo do mês, foi apontada como uma das melhores do Brasil pela revista britânica Times Higher Education (THE).
Alagoano, Carlos Bulhões é professor titular e diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da universidade.
Com informações do Estadão