
O Brasil vive um dos momentos mais críticos desde o início da pandemia da Covid-19 e neste sábado (10) ultrapassando o número assombroso de 350 mil vidas perdidas para a doença. O país viu a média móvel de mortos alcançar 3.025 por dia.
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O número total de vítimas para a doença desde o começo da pandemia chegou a 351.469. O número registrado de mortes no sábado (10) foi de 2.535, e o número de novos casos confirmados foi de 68.270, totalizando 13.443.684.
Em termos de comparação, há um mês, a média móvel era de 1.645 pessoas, ou 54% da atual. Embora o índice registrado no dia 10 de março fosse pouco mais da metade do de agora, naquele momento, ele foi o maior registrado.
Em comparação há duas semanas, a média móvel aumentou cerca de 19%, o que significa uma tendência de alta no número de óbitos.
A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes, afirma o jornal O Globo.
Vacinação
Vinte e dois unidades da federação atualizaram os dados sobre vacinação contra o coronavírus no sábado. Em todo o país, 23.077.025 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 10,90% da população brasileira. De sexta para sábado, foram contabilizadas 390.919 novos registros de pessoas que tomaram a primeira dose.
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A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 6.978.838 pessoas, ou 3,3% da população nacional.
Variantes da Covid-19 no Brasil
O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, afirmou para a CNN Brasil que mais de 92 variantes da Covid-19 foram identificadas no Brasil. Porém, ele explicou que nem todas essas cepas causam efetivamente um impacto epidemiológico.
“Geralmente o impacto acontece quando uma variante se torna prevalente”, disse Croda. “A questão é: uma delas vai se tornar predominante como se tornou em Manaus e outras cidades? Nesse caso, com certeza a cepa tem aspectos biológicos que trazem alguma vantagem.”
Julio Croda
Com isso, o pesquisador explicou que essa situação ainda não é a de Belo Horizonte, em que pesquisadores emitiram um alerta sobre uma possível nova variante. “Possui as mesmas mutações principais da P1, ainda não se tornou predominante”, afirmou.
Outro ponto abordado pelo infectologista foi a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do estudo de fase 3 de um imunizante desenvolvido pelos laboratórios Medicago R&D Inc (Canadá) e GlaxoSmithKline (GSK – Reino Unido).
“Existe uma tendência de testar no Brasil, porque aqui há muita transmissão e muitos casos, então rapidamente você tem uma resposta sobre a proteção desses diversos imunizantes.”