
Os ministros da Saúde do G7, grupo formado pelos países mais ricos do mundo, afirmaram, nesta segunda-feira (29), que nova variante da covid-19, a ômicron, “requer ação urgente”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, em documento técnico publicado também nesta segunda, que o risco global “é avaliado como muito alto”.
Ainda não informações concretas de que a nova variante, descoberta inicialmente na África do Sul, seja mais transmissível ou que seja mais resistente às vacinas.
A preocupação, no entanto, se deve ao fato das mais de 30 mutações identificadas na nova versão do vírus.
As reações à descoberta foram imediatas e países da União Europeia, Estados Unidos, Israel e Marrocos, entre outros, fecharam suas fronteiras para voos do sul da África, embora o vírus já tenha entrado em vários países europeus.
Pelo menos cinco casos de pessoas infectadas com a variante ômicron já foram detectados na Inglaterra e outros seis na Escócia.
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Também na Espanha, um caso de infecção pela nova variante foi detectado nesta segunda-feira em um homem de 51 anos que viajou da África do Sul para Madri.
No comunicado conjunto dos ministros do G7, divulgado no final da reunião, eles elogiaram “o trabalho exemplar da África do Sul tanto na detecção da variante quanto no alerta ao resto [dos países]”.
Variante intensifica isolamento da África
Apesar da rapidez com que a África do Sul detectou a nova variante e emitiu o alerta, a OMS criticou o fechamento para os países da região.
O diretor da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que a África do Sul “deve ser agradecida e não penalizada”.
O G7 reforçou a necessidade da vacinação mundial para conter a epidemia. Mas, segundo a OMS, mais de 80% das vacinas mundiais foram destinadas aos países do G20, enquanto os países de baixa renda, a maioria deles na África, receberam apenas 0,6% de vacinas.
Com informações do El País