
Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde informou que a primeira fase da vacina contra a Covid-19 priorizará profissionais da área de saúde, idosos a partir de 75 anos ou maiores de 60 que vivam em asilos ou instituições psiquiátricas e a população indígena. A definição dos grupos prioritários constam no plano preliminar divulgado pela pasta, por meio de nota.
O ministério prevê quatro fases da vacinação da população, que não vai abranger toda a população brasileira no próximo ano, como já havia sido adiantado. A pasta não confirma oficialmente as datas de cada uma.
Vacina em duas etapas
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o primeiro ciclo de vacinação, que abrange as quatro fases anunciadas, vai durar de março a junho de 2021. Depois disso, o ministério espera contar com a produção nacional da vacina para então ampliar a parcela da população imunizada.
Essas quatro etapas da campanha de vacinação vão atingir 109,5 milhões de pessoas, segundo as estimativas do ministério. O número leva em conta a imunização por meio de duas doses, como previsto nos acordos já garantidos pelo governo brasileiro para obter as vacinas por meio da parceria Fiocruz com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, a farmacêutica AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility.
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De acordo com o planejamento, a segunda fase da vacinação será destinada a todas as pessoas que tenham entre 60 e 74 anos. A etapa seguinte prevê a imunização de pessoas com doenças que aumentam o risco de agravamento da doença, como os portadores de doenças cardiovasculares, diz o ministério.
A última etapa deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.
A nota do ministério reforça que se trata de “definições preliminares” da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra o coronavírus.
Aquisição de agulhas e seringas
Durante entrevista coletiva pelo lançamento da campanha nacional de luta contra a Aids nesta terça, o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, já havia informado que o plano de vacinação só seria concluído após o registro de uma vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É fundamental pensarmos que esse plano operacional para a vacinação da Covid-19 só ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina, ou mais de uma, registrada na Anvisa. Para isso, ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”, afirmou.
O Ministério da Saúde também informou que negocia novas aquisições de seringas e agulhas para conseguir implementar em prática o plano de vacinação contra o coronavírus.
A pasta disse ainda que está em andamento um processo para a compra de 340 milhões de seringas e agulhas, 300 milhões delas no mercado nacional e o restante no exterior. Um edital deverá ser lançado na próxima semana.
Com informações da Folha de S.Paulo