“Nunca negociaremos nossos princípios e nossa ética”. É o que declara a chanceler diplomática de Cuba Tânia Parra Fonseca em visita ao Brasil durante a última semana do mês de maio. Tânia é integrante do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).
Em sua vista ao Brasil, Tânia com integrantes de movimentos sociais e de instituições amigas de Cuba. Conforme explicou, ela é a especialista principal da equipe Cone Sul, da direção de América Latina e Caribe do ICAP. O Instituto foi fundado em 1962, idealizado por Fidel Castro. “Foi criado para receber os muitos amigos do mundo, no princípio da revolução, que estavam interessados em saber o que se passava em Cuba”, explicou.
Até hoje, a instituição recebe amigos de toda a parte do mundo. Muitos deles vão até a ilha para participar de brigadas de trabalho voluntário, em grupos de diferentes temáticas, de acordo com o interesse dos visitantes.
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Em entrevista a Brasil de Fato, a chanceler cubana comentou sobre perverso embargo econômico que sofre por parte dos EUA até os dias de hoje. “Nosso país é bloqueado há 60 anos. Lembramos que, desde antes do triunfo da revolução, já havia sanções. Por outro lado, o bloqueio foi instaurado pelo governo Kennedy. Os bloqueios foram reforçados em 1992 pela Lei Torricelli, e depois pela Lei Helms-Burton, no governo Clinton.”
Tânia ressaltou que Cuba, mesmo com embargo econômico, continua prezando por sua soberania nacional. “No governo Trump, tivemos escassez de combustíveis, dificuldades de transporte, falta de medicamentos, etc. Isso não quer dizer que nossos sistemas de saúde e educação pararam. Nós estamos sempre criando alternativas, nos levantamos contra as dificuldades”, destacou.
Tânia Parra Fonseca ainda frisou que Cuba não se curva ao Imperialismo dos EUA. “Assim avança nosso país, mesmo sofrendo com campanhas subversivas e com desinformação. Cada vez colocam mais dinheiro para subverter nosso país, pois nós somos livres e soberanos. Cada vez que isso acontece, levantamos mais alto a bandeira da solidariedade e do patriotismo. Nunca negociaremos nossos princípios e nossa ética.”
Com informações do Brasil de Fato