Durante a prisão do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) na manhã desta quinta-feira (2), em Petrópolis, na Região Serrana, a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 270 mil em dinheiro. Ele foi preso e levado para sede da PF, na Zona Portuária da capital fluminense.
A prisão de Silveira foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do descumprimento de medidas cautelares também definidas pelo tribunal – como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.
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“Completo desrespeito e deboche”
Moraes afirmou em sua decisão que Silveira agiu com “completo desrespeito e deboche” diante de decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com Moraes, o ex-deputado danificou a tornozeleira eletrônica que era obrigado a usar e prosseguiu com ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral, “colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação auditado por diversas organizações nacionais e internacionais”.
Daniel Silveira foi preso logo após perder a eleição ao Senado pelo Rio de Janeiro, em outubro do ano passado.
Com a derrota, ele ficou sem mandato e perdeu o foro privilegiado nesta quarta (1º), quando os novos parlamentares tomaram posse.
O que está por trás do golpe que Marcos do Val denuncia armado por Bolsonaro e Daniel Silveira
Na madrugada desta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez a revelação bombástica de que teria participado de uma reunião no Palácio da Alvorada juntamente com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na qual o então presidente Jair Bolsonaro teria detalhado o plano para desencadear um golpe de Estado que resultaria na prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF e impediria Lula de assumir a Presidência.
O plano contaria com apoio do GSI e da Abin, “que daria suporte técnico à operação, fornecendo os equipamentos de espionagem necessários”. Essa história precisa ser investigada, mas o que está claro é que não foi apenas o “decreto do golpe”; foram várias as tentativas. Não dá mais para brincar de não responsabilizar judicialmente Bolsonaro. Confira a análise de Renato Rovai, editor da Fórum.