
O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, afirmou que a decisão de permitir ou não que a Huawei Technologies forneça tecnologia para sua futura rede 5G ajudará a definir o relacionamento mais amplo com a China.
“O que está em jogo é se um país consegue criar para todas as empresas regras de mercado e ambiente de negócios nos parâmetros de abertura, imparcialidade e não discriminação”, disse Wanming.
Segundo o o jornal Valor Econômico, para o representante chinês, o processo de licitação do 5G é fundamental para avaliarem “a maturidade” da maior economia da América Latina. “Acreditamos que o Brasil saberá tomar decisões racionais, levando em consideração os interesses nacionais de longo prazo”, disse o diplomata.
Autoridades norte-americanas advertiram sobre “consequências” se os chineses participarem da rede móvel ultrarrápida de quinta geração no Brasil. Segundo eles, a licitação facilitaria o roubo de propriedade intelectual e a espionagem por Pequim.
Recado mais explícito foi dado pelo embaixador americano no Brasil, Todd Chapman. Em recente entrevista ao jornal “O Globo”, o representante de Washington afirmou que as empresas americanas poderiam deixar de investir no Brasil por medo de terem sua propriedade intelectual comprometida pela presença chinesa.
Conhecido como Trump tupiniquim, o presidente Jair Bolsonaro possui um governo que não possui uma boa relação com a China. Tensões entre os dois países foram emergiram durante a pandemia da Covid-19. No entanto, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, mencionou “boas perspectivas” bilaterais durante um raro telefonema com o colega chinês, Wang Yi, no mês passado.
Com informações do Valor Econômico