
O presidente chinês, Xi Jinping, destacou a importância de melhorar a comunicação com a população pela internet e outros canais. As declarações foram feitas durante encontro preparatório para o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PPCh), quando foi abordada a necessidade de estudar e absorver as sugestões e opiniões dos internautas sobre o trabalho do evento, que será realizado no segundo semestre deste ano.
Entre os dias 15 de abril a 16 de maio, plataformas de internet foram utilizadas para coletar mais de 8,54 milhões de sugestões, opiniões e ideias do público para a vigésima edição do congresso. Para Xi, trata-se de um exemplo de democracia popular em todo o processo preparatório para o congresso do partido.
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Durante a reunião, o presidente chinês enfatizou a necessidade de respeitar a opinião pública e seguir as aspirações do povo. Ele ressaltou a importância do evento para a agenda política do país e que a coleta de opinião pública por meio de plataformas online é uma maneira eficaz de os membros do PPCh e o público em geral contribuírem com ideias para o desenvolvimento do país e a rejuvenescimento da nação chinesa.
Uma miríade de ideias e sugestões construtivas foram feitas, e os departamentos competentes devem analisá-las minuciosamente e adotar aquelas que forem úteis, pontuou Xi. Ele disse ainda que práticas bem-sucedidas na solicitação de opiniões públicas sobre o congresso nacional do PPCh devem ser resumidas para oferecer uma referência para a população.
Agricultor de Xinjiang indignado por ser rotulado por mentiras dos EUA

A Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, é a maior área de produção de tomates vermelhos no país, com mais de 80% da produção exportada todos os anos. Atualmente, mais de 300 mil agricultores da localidade trabalham para fornecer tomates processados de alta qualidade como matéria-prima para ketchup para o mercado global.
Entre esses agricultores está Bai Jingui, do grupo étnico Hui. Neste ano, ele plantou 520 mu (unidade de medida agrária da China que equivale a cerca de 0,07 hectares) de “tomates de processamento”, que são menores em tamanho e têm uma pele mais espessa do que os tomates comuns. No total a colheita deve render quase 10 toneladas de tomates vermelhos por mu.
Ao ser questionado sobre a chamada “Lei de Prevenção ao Trabalho Forçado Uigur” dos Estados Unidos, que acaba de entrar em vigor e presume que todos os bens de Xinjiang são produzidos por meio de “trabalho forçado”, Bai ficou sério.
O agricultor de 54 anos, que começou a plantar tomates há 26 anos, demonstrou incompreensão e indignação com a medida dos EUA. “Como um agricultor honesto e trabalhador como ele pode ser rotulado um violador dos direitos humanos?”, questionou.
Tomates para uma vida melhor
Bai vive na vila Xingfu, na Prefeitura Autônoma Hui de Changji. As duas palavras, “Xingfu” e “Changji” transmitem o desejo de prosperidade no idioma chinês. O local é povoado, principalmente, por agricultores dos grupos étnicos Hui e Han.
Quando iniciou o cultivo das terras, na década de 1980, Bai não sabia que sua propriedade estava localizada no cinturão mundial de produção de tomate. Perto do paralelo 42 ao norte, Changji, juntamente com outros locais do cinturão, como a costa do Mediterrâneo e a Califórnia, fornece luz e energia geotérmica apropriadas para o crescimento da fruta.
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Ele recorda que há 40 anos os agricultores da vila lutavam para se sustentar. “Apenas o excedente ocasional era vendido por algum dinheiro extra”, comenta. Assim como outros produtores locais, Bai plantava trigo ou milho.
Até que em 1996, Bai soube do plantio de tomates na aldeia. Não eram cultivados para consumo diário, mas vendidos no exterior. “Recebemos o know-how e as empresas vinham à nossa porta para comprá-los”, relembra. Foi quando criou coragem e plantou 10 mu de tomates em seu campo.
Naquela época, as terras agrícolas da vila de Xingfu eram regadas com ampla irrigação por meio de canais de terra. O sistema desatualizado resultou em rendimentos globais entre 2 e 3 toneladas por mu, com o rendimento máximo não superior a 5 toneladas.
“Cada mu de milho pode render de 100 a 200 yuans (cerca de 30 dólares americanos) no máximo, e ouvi dizer que o lucro de 1 mu de tomate pode superar o de mais de 5 mu de milho.” Bai viu a esperança de mudar a vida de sua família mais uma vez.
Excesso e desperdício
Há 26 anos, plantar tomate ainda era trabalhoso. Da primavera ao outono, Bai e a esposa trabalhavam do amanhecer ao pôr do sol. Na vila de Xingfu, que fica ao lado do deserto de Gurbantungut, a diferença de temperatura em um dia de verão é enorme. Ao meio-dia, a temperatura poderia chegar a 35 graus Celsius e, à noite, Bai teria que se enrolar em um casaco grosso de algodão ao patrulhar e regar seus campos.
O cultivo de tomates também requer certa tecnologia. A União Europeia e outros mercados têm regulamentos rigorosos sobre resíduos de pesticidas, teor de metais pesados do solo e assim por diante. Bai deve escolher pesticidas específicos e controlar a proporção de fertilização com precisão. Sob a orientação de técnicos enviados por empresas processadoras de tomate, ele e a esposa começaram a aprender a plantar tomates processados de alto padrão.
Além disso, geadas e chuvas fortes são comuns na encosta norte das montanhas Tianshan, onde fica a vila de Xingfu, quando o verão se transforma em outono. “Se os tomates maduros não fossem colhidos a tempo, acabariam sendo desperdiçados. O trabalho árduo de todo o ano seria em vão”, observa.
Graças ao trabalho árduo, o casal viu a renda aumentar a cada ano, o que os incentivou a investir mais no plantio de tomate. Em 2004, Bai plantou todos os 40 mu de sua terra com tomates e contratou outros 10 mu para expandir a produção.
“Um declínio desastroso no negócio de tomate era a última coisa que esperávamos”, disse Bai. Naquele outono, Bai experimentou a “hora mais sombria de sua vida”: tomates maduros foram deixados para apodrecer, pois não havia ninguém para comprá-los.
Demorou muito para Bai entender que, em 2004, muitos agricultores passaram a plantar tomates, superando a capacidade das fábricas de processamento de tomate. Eventualmente, isso levou a excesso de oferta e turbulência no mercado.
Revolução tecnológica
Em 2015, ficou popular na aldeia de Bai a tecnologia de irrigação por gotejamento, amplamente aplicada em Xinjiang. A revolução tecnológica impulsionou a indústria, com o rendimento de tomate por mu subindo de 5 para quase 10 toneladas, e com a colheita mecanizada custando menos da metade do preço da colheita manual.
Influenciado pelo filho mais novo, Bai Yang, na primavera de 2020 o agricultou retomou o cultivo de tomates após o fracasso de 2004. A família pediu um empréstimo de cerca de 600 mil yuans do banco e contratou mais de 300 mu de terra para plantar tomates.
O primeiro ano de produção de tomates da família Bai foi instável, pois o preço de compra caiu devido à pandemia da Covid-19. Um contrato de pedido com uma empresa de processamento de tomate garantiu um preço razoável e a colheita daquele ano foi um sucesso.
Este ano, a área de plantio de tomate da família chegou a 520 mu. Para atender aos rigorosos padrões de segurança alimentar da Europa e outros mercados estrangeiros, sementes de tomate, pesticidas e outros materiais são fornecidos pelas próprias empresas de tomate.
“Cultivar tomates é mais fácil agora, mas também se tornou mais complicado”, disse Bai. Ele se refere às incertezas criadas pela campanha de difamação e sanções dos Estados Unidos contra Xinjiang. O que mais o insulta é que fazendeiros como ele estão sendo estigmatizados por certos políticos estadunidenses como violadores dos direitos humanos.
“Xinjiang produz os melhores tomates do mundo, então é uma bênção para nós e para o mundo inteiro. Qualquer um que calunie isso está arruinando essa bênção”, disse ele.
“Mas nós, agricultores, não vamos desistir de criar uma vida melhor para nossas famílias. É isso que queremos fazer, e não somos obrigados a fazer isso por ninguém”, disse ele.
China aumentará investimentos em projetos ecológicos
O Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China pediu esforços para promover o crescimento do investimento no campo da ecologia e do meio ambiente em meio aos esforços para estabilizar a economia do país.
Entre os 102 principais projetos da China para o 14º período do Plano Quinquenal (2021-2025), estão projetos ecológicos. O ministério destacou a necessidade de acelerar o avanço das iniciativas relacionadas ao ar, à água, ao solo, ao controle de poluição de resíduos sólidos, à energia nuclear e à supervisão de segurança de radiação.
O ministro da Ecologia e Meio Ambiente chinês, Huang Runqiu, ressaltou que para grandes projetos em fase de planejamento, o trabalho preliminar deve ser feito em ritmo acelerado, e cronogramas de construção detalhados devem ser esclarecidos para projetos existentes. Ele também sublinhou medidas para aumentar o apoio financeiro mais preciso para projetos de proteção ecológica e ambiental.
De acordo com o ministro, as reservas para essas medidas serão estabelecidas para incluir projetos de proteção ecológica e ambiental, além dos principais projetos nacionais relacionados às mudanças climáticas. Esforços serão feitos para melhorar a precisão das correspondências de financiamento para essas medidas.
A construção de reservas de projetos é importante para direcionar investimentos financeiros, coordenar efetivamente a oferta e a demanda, resolver os principais problemas ecológicos e ambientais e promover o desenvolvimento verde, observou o representante da Sociedade Chinesa de Economia Tecnológica, Zhang Jianhong.
Especialistas do setor observaram que a China se concentrará em promover a expansão constante dos investimentos em construção de infraestrutura no setor de proteção ambiental e ampliar os canais de investimento para aumentar o capital financeiro e social no setor.
Enfrentamento da China às drogas ilícitas avança, mas desafios permanecem

A situação do controle de drogas ilícitas na China melhorou nos últimos anos devido à intensificação da luta do país contra os narcóticos e punições severas para criminosos relevantes. Mas novas variedades de substâncias proibidas e métodos de tráfico continuam sendo um grande desafio.
O número de crimes relacionados a drogas caiu para 54 mil em 2021, ante 140 mil em 2017, com um declínio médio anual de mais de 20% por cinco anos consecutivos. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Segurança Pública em coletiva de imprensa na última quinta-feira (23), dois dias antes do 35º Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas.
Até o final de 2021, a China tinha quase 1,49 milhão de usuários de drogas ilícitas registrados, uma queda de 42,1% em relação a 2016, incluindo 121 mil usuários de drogas recém-identificados, uma queda de 72,8% em relação a 2016. O país também viu um declínio contínuo nos casos criminais relacionados a drogas desde 2015.
Em 2021, os tribunais chineses concluíram 56 mil casos criminais relacionados a drogas, uma queda de quase 60% em comparação com os 139 mil em 2015. De acordo com estatística divulgada pelo Supremo Tribunal Popular (SPC) no sábado (25), essa queda é um recorde no país.
Tribunais de todo o país sempre deram punições severas a criminosos envolvidos em delitos relacionados a drogas na última década, com uma taxa de crimes de 23,09%, o que significa uma pena de prisão de pelo menos cinco anos, informou o principal tribunal chinês.
Atualmente, o país tem 449 tipos de entorpecentes e substâncias psicotrópicas na lista de drogas controladas, e 58 deles foram adicionados no ano passado. “A China agora tem o maior número de drogas controladas listadas e o controle de drogas mais rigoroso do mundo”, observa o chefe do Departamento de Controle de Narcóticos do Ministério da Segurança Pública, Liang Yun.
Desafios futuros
Embora reconhecendo as conquistas do enfrentamento nacional contra as drogas, Liang alertou que a luta ainda é complexa e árdua diante dos desafios da entrada de drogas no exterior e do tráfico de drogas online ativo.
O Triângulo Dourado ainda é uma importante fonte de drogas na China, e os narcóticos foram trazidos para o país principalmente por rotas internacionais ou contrabandeados por mar, de acordo com o tribunal superior da China.
Em 2021, cerca de 98,8% das 1,81 toneladas de heroína e 89,3% das 15 toneladas de metanfetamina apreendidas vieram do Triângulo Dourado, de acordo com um relatório sobre o controle de drogas ilícitas na China em 2021, divulgado pelo escritório da China National Comissão de Controle de Entorpecentes.
Heroína, metanfetamina e cetamina estavam entre as três principais drogas, de acordo com a SPC, enquanto crimes relacionados a novos tipos de narcóticos, como canabinóides sintéticos e metacatinona, têm aumentado em todo o país nos últimos anos.
Também descobriu-se que muitos infratores da legislação antidrogas usam a internet e as tecnologias da informação para cometer crimes relacionados às drogas o que impõe um grande desafio ao controle de drogas do país, informou o SPC.
De acordo com o relatório do tribunal, várias plataformas, incluindo ferramentas de mídia social, plataformas de comércio de segunda mão e sites de jogos, são usadas no comércio de drogas e os pagamentos são em moedas virtuais e de jogos.
Tecnologia no controle de drogas
As autoridades de controle de drogas na China adotaram meios técnicos para ajudar a monitorar, testar e identificar novas drogas e rastrear e reprimir atividades ilegais relacionadas a drogas.
O Laboratório Nacional de Medicamentos e os cinco subcentros localizados em Pequim e nas províncias de Zhejiang, Guangdong, Sichuan e Shaanxi foram estabelecidos nos últimos anos.
O trabalho desses laboratórios inclui testes de esgoto urbano, de toxicologia capilar, além de triagem e análise de novas substâncias psicoativas, comentou Liang.
O teste de esgoto pode detectar mais de 50 narcóticos, infomou Du Mingluo, do laboratório de drogas de Guangdong.
Em junho de 2020, a polícia da província de Guangdong, no sul da China, destruiu uma fábrica de drogas e apreendeu 760 quilos de matérias-primas, como cetamina, com uma fonte encontrada ao testar o esgoto ao redor da fábrica.
Segundo o Ministério da Segurança Pública, um sistema nacional de big data antidrogas foi estabelecido para melhorar o sistema nacional de aplicação de informações abrangentes antidrogas e a plataforma de pesquisa e julgamento, e para aumentar a capacidade de ataque e controle direcionados.
Escolas primárias e secundárias de Pequim anunciam reabertura
Alunos do ensino fundamental e médio e crianças do jardim de infância em Pequim retornarão gradualmente às aulas presenciais. O regresso às salas de aulas ocorrerá à medida que a epidemia de Covid-19 reduzir, informou a comissão municipal de educação neste sábado (25).
Alunos do primeiro e segundo anos do ensino fundamental e médio, assim como alunos do ensino fundamental, retomarão as aulas em 27 de junho, enquanto os jardins de infância serão reabertos em 4 de julho.
Os alunos que ainda estão em áreas de gestão fechada e em quarentena domiciliar continuarão estudando em casa.
Na sexta-feira (24), Pequim relatou dois novos casos confirmados de Covid-19 transmitidos localmente.
Airbus vai abrir centro de pesquisa na China para tecnologia de hidrogênio

A Airbus estabelecerá o Centro de Pesquisa da Airbus China em Suzhou, província de Jiangsu, leste da China, com foco no desenvolvimento de infraestrutura de energia de hidrogênio. O anúncio foi feito pela empresa na última sexta-feira (24).
O centro realizará trabalhos de pesquisa em tecnologias avançadas, como infraestrutura de energia de hidrogênio, fabricação avançada e atualização da indústria da aviação com digitalização e inteligência. As operações, de acordo com a Airbus, deve começar em 2023.
O acordo entre a Airbus em Suzhou, um dos pólos econômicos do país, pode durar de cinco a 10 anos. A empresa de aviação é atraída pelos recursos condensados ??da cadeia de suprimentos relacionados à energia de hidrogênio e aviação na região do Delta do Rio Yangtze.
A Airbus já conta com um centro de engenharia localizado em Pequim voltado para tarefas relacionadas a componentes de aeronaves e um centro de inovação em Shenzhen para pesquisa e desenvolvimento em interconexão de dados, 5G e componentes eletrônicos.