Um grupo formado por deputados do PSOL e ativistas de direitos humanos e da causa LGBTQIA+, deu entrada em uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão na última sexta-feira (30), em razão da declaração feita pelo militar no Maranhão que foi considerada como homofobia
O presidente afirmou, logo após tomar o guaraná Jesus, bebida tradicional do estado, que estava virando “boiola” por ela ser cor de rosa.
“Agora virei boiola, igual maranhense, é isso? [risos] O guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná vira maranhense [risos]. Guaraná cor-de-rosa no Maranhão, que boiolagem isso aqui.”
Representação
Na representação, o grupo pede ao procurador Carlos Alberto Vilhena, do Ministério Público Federal, que investigue o caso de homofobia e tome as providências por suposto crime de responsabilidade, considerando que a fala fere os limites da liberdade de expressão.
“Em termos de extensão do dano, lembre-se que o Representado é o Presidente da República, tendo assim utilizado seu cargo e sua voz para propagar verdadeiro discurso inferiorizante (racista), neste caso, contra os homossexuais e contra o povo do estado do Maranhão”, argumentaram os parlamentares e ativistas.
O grupo não foi o único a se pronuncia contra a fala de Bolsonaro. O governador Flávio Dino (PCdoB), também se pronunciou contra o presidente chamando o militar de mal educado.
Pedido de desculpas
Após a repercussão negativa da “brincadeira“, o presidente pediu desculpas pela situação em uma transmissão ao vivo.
“Pessoal, fiz uma brincadeira. Se alguém se ofendeu, me desculpa aí, tá certo, do Guaraná Jesus, tendo em vista a cor dele, cor-de-rosa, tá certo? [.] Estou com a camisa do Sampaio Corrêa, em homenagem ao estado do Maranhão, onde fui tratado de forma muito carinhosa, estou muito feliz, estou emocionado, mando um abraço a todos os maranhenses”, declarou.
Com informações do G1
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