Neste 11 de agosto de 2022, em um fuso que me coloca onze horas à frente do horário do meu país, o Brasil, acompanhei emocionada a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”. Enquanto escrevo esse diário, o evento ocorre na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo (SP), e em diversos atos pelo país afora.
Por aqui, hoje eu e o meu grupo de jornalistas de países da América Latina e do Caribe, ensaiamos a apresentação que faremos nesta sexta-feira (12), durante a cerimônia oficial de abertura do programa do qual participamos.
Como ainda sou a única pessoa que fala português, o outro jornalista do Brasil ainda cumpre quarentena, vou fazer a leitura de um trecho do poema ‘A grande alegria”, do chileno Pablo Neruda, com a colega do México.
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Minha parte eu lerei na minha língua natal. Felizmente encontrei uma versão traduzida da poesia. A princípio fiquei apreensiva de ter que fazer a tradução. Não tenho o direito de cometer uma atrocidade contra o poema desse grande escritor. Achei uma versão chancelada dos versos dele e agora está tudo certo.
O ensaio foi a oportunidade de conhecer meus outros colegas latinos e caribenhos. Muito divertido. São três idiomas simultâneos, eu no português, dois jornalistas da Guiana no inglês e todos os outros em espanhol.
Mudando de assunto, fui comunicada hoje pela Latam de que a minha bagagem está em Seoul. Eu não sei se rio ou se choro desse filme de terror. Quem sabe até o fim do programa eu consigo, enfim, ter de volta a minha mala.
Até amanhã