O Brasil apresenta o pior desempenho econômico entre as dez maiores economias mundiais em 2021. A projeção é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e considera como métrica principal a chamada Paridade por Poder de Compra (PPC), isto é, um comparativo do custo de vida entre os países.
A pesquisa da FGV foi encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo e considerou, principalmente, dados e projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgados este mês.
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, chamou atenção para os maus números atestados nesta pesquisa. Em uma postagem nas redes sociais ele lembrou que o Brasil já ocupou a 6ª posição entre maiores economias do planeta, porém, amarga números piores a cada ano. Ele atribuiu à política do ministro Paulo Guedes o saldo negativo projetado pela FGV.
Mau desempenho pelo terceiro ano consecutivo
De acordo com a pesquisa, o Brasil permanece, pelo terceiro ano consecutivo, na oitava posição entre as dez economias analisadas. Em 2018 ele era o sétimo colocado.
Conforme as projeções, a estimativa de crescimento do Brasil está consideravelmente aquém da expansão média mundial. O FMI prevê crescimento de 3,7% para a economia brasileira neste ano, contra cerca de 6% da média mundial.
O resultado do último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, é ainda menor. Gira em torno dos 3,09%.
Apesar de o Brasil não cair de posição, a pesquisa indicou os atuais nono lugar e décimo estão mais perto de ultrapassar o país. Ocupam essas duas posições, respectivamente, França e Reino Unido.
China se mantém líder
A China permanece como maior economia mundial, conforme critérios do PPC. Em seguida aparece os Estados Unidos. Logo após dele estão, por ordem, Índia, Japão, Alemanha, Rússia e Indonésia. O Brasil vem depois.
No mesmo documento, os pesquisadores observam que, mesmo se o Brasil apresentar uma recuperação ao longo dos próximos meses, o crescimento acumulado não será capaz de ultrapassar às perdas herdadas de 2020.
No ano passado, o país amargou uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso foi 3,3% acima da média mundial. Ao mesmo tempo, a desvalorização da moeda beirou os 30%. Este foi um dos piores desempenhos internacionais daquele momento.
Com informações da Folha de S.Paulo