Por Lucas Vasques
A eficácia da CoronaVac, em casos graves da Covid-19 provocados pela variante Delta, está entre 69,5% e 77%. A informações foi divulgada em artigo publicado pela conceituada revista The Lancet.
O estudo, realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China, em parceria com a Escola de Saúde Pública da Província de Guandong, testou 10,7 mil voluntários, sendo grupos de pessoas não vacinadas ou imunizadas com a primeira ou segunda dose, de acordo com informações de Ingrid Oliveira, no Gizmodo.
Dos 10,7 mil pacientes infectados pelo coronavírus que participaram da pesquisa, somente 102 contraíram pneumonia. Desse total, 85 não tinham recebido vacina.
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Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, declarou que “não houve nenhum óbito no grupo vacinado, portanto, isso é uma grande notícia. Demonstrando a efetividade da vacina da CoronaVac contra a variante Delta, que preocupa o mundo nesse momento”.
A pesquisa do CDC da China mostrou que não houve morte e a vacina provou ser eficaz para evitar casos graves. Cientistas vem alertando, ao longo da pandemia, que, mesmo as pessoas imunizadas, têm chance de ser infectadas pela Covid-19. Por isso, a função da vacina é diminuir o risco de complicações da doença.
Coronavac parada no centro de distribuição
O Ministério da Saúde havia admitido na quinta-feira (12) que 9,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid da Pfizer e Coronavac estão paradas no centro de distribuição, que fica em Guarulhos (SP).
Em comunicado, o ministério afirmou que ainda nesta quinta-feira deve liberar o envio de 3,6 milhões de doses, que devem chegar aos estados neste fim de semana.
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O restante das vacinas, cerca de 5,9 milhões de doses, ainda aguardam liberação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade da Anvisa.
A demora no envio dos imunizantes aos estados e municípios levou alguns governantes a terem que suspender a vacinação. Entre eles, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), que suspendeu a imunização na quarta-feira (11) e nesta quinta por falta de doses.
Quem também se queixou do atraso do envio dos imunizantes, foi o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP).
“O Ministério da Saúde não enviou as doses que prometeu enviar a São Paulo. Quero repetir aqui: o Ministério da Saúde descumpriu acordo feito verbalmente comigo e com o doutor Jean Gorinchteyn, feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Não cumpriu e não entregou as doses da vacina da Pfizer que havia prometido, as 228 mil doses”, denunciou o governador de São Paulo.