O que é uma cidade criativa e como elas podem se reinventar, no presente, pensando em melhorias para um cenário pós-pandemia da Covid-19? Com base nas reflexões do processo de Autorreforma do PSB, o livro “Cidades Criativas – A Autorreforma do PSB nas Eleições Municipais de 2020” oferece conceitos para uma nova fundamentação do socialismo brasileiro.
Lançado na quarta-feira (16), a publicação foi organizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pela Fundação João Mangabeira (FJM), braço de formação do partido. O documento apresenta uma orientação política tanto os candidatos a prefeito e vereador, como para a sociedade em geral.
“Esse documento tem como objetivo, fomentar reflexões descentralizadas que repercutem, sempre que possível, as teses estruturantes do Socialismo Criativo defendido pelo PSB em sua Autorreforma”, afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Com 125 páginas, o documento é organizado em três temas centrais para as políticas públicas das cidades: Cidades Criativas e Sustentáveis, Revolução Criativa na Educação e Transparência; e Gestão Compartilhada numa Cidade Criativa. O livro narra também experiências bem-sucedidas de prefeituras de governos socialistas.
As eleições municipais coincidem com o processo de autocrítica dos socialistas, que será concluído em 2021 com o Congresso Nacional do partido.
Livro para repensar a história
Ao longo dos seus 73 anos de história, o PSB vem repensando a trajetória de alguns conceitos e a estrutura socialista, como medida essencial para o crescimento dos partidos políticos.
Em relação às suas bandeiras, o partido vislumbra que o desafio do socialismo no mundo é conseguir ser tão ou mais criativo quanto o capitalismo nos últimos cem anos.
Na visão do PSB, a inovação e a criatividade nas empresas e na sociedade passaram a se constituir como fatores primordiais a partir da revolução tecnológica na era do conhecimento.
Economia Criativa
No livro, o PSB acentua que os países capitalistas, principalmente na América Latina, precisarão adotar estratégias que incluam a Economia Criativa como eixo central de desenvolvimento, como já fizeram vários países ocidentais. Porém, a inovação e as novas tecnologias geram, também, novas formas de desigualdade. Dessa maneira, o socialismo criativo, com sua visão crítica e libertária, ajudaria a constituir a dimensão humana da revolução tecnológica.
O combate às desigualdades continua sendo o elemento central das proposições do PSB e deve ser ainda a principal bandeira em todas as campanhas nestas eleições de 2020. O trajeto inclui o fortalecimento da criatividade, da sustentabilidade e da economia criativa, com ênfase na criação de trabalho e emprego e na geração de renda.
Uma leitura da conjuntura tem mostrado que a sociedade brasileira precisa de alternativas já nas eleições municipais de 2020. A extrema-direita ganhou espaço defendendo um discurso ideológico de ódio. O antídoto, segundo o PSB, é a reafirmação dos valores sociais de solidariedade, humanismo e generosidade, e a entrega de bons resultados pautados em políticas sociais.
Sobre a autorreforma do PSB
Os debates promovidos pela Autorreforma do PSB estão permitindo a inclusão de novas ideias no programa do partido. Temas como a Revolução Criativa na Educação; Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento; Reforma do Estado; Amazônia 4.0; Empregos Verdes; Reforma Urbana; e Cidades Criativas, ao lado da defesa de vários pontos da Constituição de 1988 e referências a métodos de luta pelo Socialismo Criativo, como a Não Violência Ativa, devem ter lugar também nos debates de políticos do PSB que protagonizarem nas eleições municipais em 2020.
A autorreforma está organizada em cinco eixos: I – Reforma do Estado; II – Economia: Prosperidade, Igualdade e Sustentabilidade; III – Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde; IV – Políticas Sociais e Cidades Criativas; e V – Socialismo Criativo, Democracia e Partido. O documento foi publicado em agosto de 2020 e está disponível no site www.autorreformapsb.com.br e também nos demais sites do Partido.