Eleições EUA: maioria acredita que Trump poderia ter evitado Covid-19

O negacionismo de Donald Trump deve impactar o resultado das eleições deste ano. É o que aponta a última pesquisa da Ipsos/Reuters divulgada neste domingo (4), que indicou que a maioria dos americanos acredita que o presidente do país poderia ter evitado se infectar pela Covid-19.

Para 65% dos americanos, se Trump tivesse dado mais atenção ao risco, ele provavelmente não teria sido infectado pela doença da qual padece neste momento. Trump foi internado na última sexta-feira (2), no Centro Médico Militar Walter Reed, perto da capital Washington. Segundo informações oficiais da Casa Branca, o encaminhamento de Trump teria sido “apenas uma medida de precaução”.

No entanto, o estado de saúde do presidente gerou especulações e muitos apontam que o caso do presidente é mais grave do que seus assessores querem deixar transparecer.

Campanha sem atos presenciais

Ainda de acordo com os dados da última apuração, os americanos não apoiam os atos políticos presenciais: 67% são contra comícios e 59% dizem acreditar que os debates devem ser adiados até a recuperação do presidente.

O próximo encontro entre Joe Biden, o candidato do Partido Democrata, e Trump, que concorre pelo Partido Republicano, estava marcado para o dia 15 de outubro. O primeiro debate, marcado pelo caos, ocorreu no último dia 29 de setembro, em frente às câmeras da rede de TV Fox News, quando o cronômetro marcada 35 dias das eleições presidenciais.

Biden amplia vantagem sobre Trump

Após a notícia da doença de Trump, Biden abriu sua maior vantagem nas pesquisas em um mês. A pesquisa mostra que entre os adultos que devem votar no dia 3 de novembro, 51% apoiam Biden, 41%, Trump. Outros 4% estão propensos a escolher um terceiro candidato, e os demais estão indecisos.

A pesquisa não capturou uma onda de apoio ao Trump em decorrência de sua doença. Isso só aconteceu entre o grupo que já era eleitor do presidente.

Feita pela internet durante os dias 2 e 3 de outubro, a pesquisa foi respondida por mais de mil pessoas.

Com informações do UOL e G1