
Diferente do omisso Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB) se tornou um forte expoente na campanha do ex-presidente Lula (PT). Em uma clara demonstração da união, Tebet participou de um ato a favor do petista em Brasília. A caminhada ocorreu no Setor Comercial Sul.
Em discurso em frente a multidão, a senadora criticou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que, apesar das diferenças, ela e Lula estão juntos e pensando no “povo em primeiro lugar“.
Após se aliar à campanha de Lula, a ex-presidenciável tem ido às ruas com candidatos locais ligados ao ex-presidente, como estratégia para atrair o voto de eleitores mais conservadores e das mulheres.
Em Brasília, estiveram ao lado de Tebet a senadora Leila do Vôlei (PDT), o ex-candidato a governador do DF, Leandro Grass (PT), e o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), além da deputada federal Erika Kokay (PT) e a ex-candidata ao Senado Federal, Rosilene Corrêa (PT).
“O povo que vai jogar pro lixo da história esse presidente insensível”, declarou a senadora. Tebet afirmou ainda que alguns companheiros do MDB pediram para ela manter a neutralidade no segundo turno. “Disseram: ‘você vai perder capital político’. Eu disse: ‘vocês têm 48 horas para tomar uma decisão (sobre o apoio)’”, disse.
Durante o discurso, a senadora classificou Jair Bolsonaro como “desumano” a criticou a atuação dele durante a pandemia da Covid-19.
A senadora também comentou sobre uma das sugestões dela para a campanha de Lula, a de trocar camisetas vermelhas por brancas ao subir nos palanques. “Eu não tenho nenhum problema com vermelho, eu adoro vermelho! Mas agora é a hora da gente falar para fora. O branco é a união de todas as cores”, discursou.
Tebet participou de articulação por apoio da elite a Lula
Dentro da campanha de Lula, Tebet, Marina Silva (Rede) e Armínio Fraga se reuniram com representantes da elite brasileira rendeu. Com o objetivo de captar apoio de empresários para Lula, os aliados conseguiram diversas declarações em apoio ao petista.
A “missão” era convencer eleitores indecisos a votar em Lula — a maioria deles apoiou Tebet no primeiro turno. Segundo os anfitriões, 670 pessoas participaram, incluindo executivos de Itaú, Bradesco, Santander, Banco Safra, Morgan Stanley, BMG, Cielo, Grupo Ultra, Siemens, Suzano e Grupo Europa.
A maior parte dos que estavam presentes tem uma resistência histórica a Lula e ao PT. Por outro lado, uma parcela minoritária, ligada às fundações e institutos vinculados aos bancos, tem mais interlocução com o campo petista.