Após a má repercussão em torno de uma fala que envolvia um episódio de racismo, a Fintech Nubank resolveu admitir que errou. Em carta aberta, a empresa diz que seu compromisso agora é desafiar de novo o status quo – só que desta vez, no campo da diversidade e inclusão racial no Brasil e na América Latina.
A Nubank informou que passou os últimos dias em conversas com a comunidade negra de Nubankers, com ativistas negros de fora do Nubank e também com clientes.
Assinam a carta David Vélez, fundador e CEO do Nubank, Cristina Junqueira, co-fundadora e Edward Wible, co-fundador.
No texto, os fundadores dizem que “há sete anos, quando fundamos a Nubank, nosso maior desejo era ter uma cultura com valores muito sólidos. Entre nossos valores mais admirados está Construímos Times Fortes e Diversos. A diversidade foi sempre, sim, parte da nossa cultura”, afirma.
“Ficamos acomodados com o progresso que tivemos nos nossos primeiros anos de vida que se refletia em algumas estatísticas relativas à igualdade de gênero e LGBTQIA+, por exemplo, que, repetidas, mascaravam a necessidade urgente de posicionamento ativo também na pauta antirracista“.
Segundo a Fintech, nessas conversas, ficou claro o quanto será preciso avançar, dentro e fora de casa, com uma agenda de reparação histórica e de combate ao racismo estrutura”.
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Desafios para o Nubank
O fintech também admite que a diversidade étnico-racial é um desafio muito maior e mais complexo que a Fintech imaginava.
Eles aproveitaram a oportunidade para anunciar uma agenda real com ações concretas e ambiciosas de transformação na área de diversidade racial, a ser divulgada ainda em novembro com os números do compromisso da empresa.
Para criá-la, a Nubank está trabalhando com Nubankers, representantes da comunidade negra, especialistas em diversidade racial, consultores e ONGs.
Foi firmada uma parceria com o Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) como primeiro passo nessa jornada de aprendizado e transformação. O objetivo é ampliar o entendimento sobre o tema, reforçando o engajamento público e contínuo e acelerar a promoção da igualdade racial na Fintech.
“O Brasil tem excelentes profissionais negros em diferentes carreiras”.
Acesse a íntegra da carta aqui.