
Essa semana o jornal O Globo revelou que o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) desistiu da candidatura à Prefeitura do Rio por não conseguir uma unidade no campo da esquerda para uma aliança que aumentasse as chances de vitória.
Freixo concorreria ao cargo pela terceira vez, depois de ficar em segundo lugar nas disputas de 2012 contra o ex-prefeito Eduardo Paes e de 2016 contra Marcelo Crivella.
Em entrevista ao jornal, Freixo conta que derrotar o bolsonarismo é preciso mais que responder as crises que ele provoca.
“Tem que ir além. Temos que vencê-lo com um projeto que seja melhor que o dele. Qual é o nosso projeto? E aí acho que o desafio que está colocado é construir uma proposta calcada no combate à desigualdade e na garantia de direitos. Temos que retomar a Constituição de 1988. Precisamos de um projeto que não seja meu, do (Fernando) Haddad, do Ciro (Gomes), de quem for. Estou pedindo uma unidade tanto no Rio quanto em outros lugres. Vou dar um exemplo: acho importante apoiar a Manuela D”Avila em Porto Alegre. É uma candidata compatível com o que estamos debatendo e não tem unidade lá também. Em Pernambuco a gente teve uma situação delicadíssima e não podemos correr o risco de perder nenhuma capital do Nordeste”.
Perguntado sobre o papel do ex-presidente Lula nessa unidade da esquerda, Marcelo Freixo afirma que Lula perdeu muito espaço com a chegada da pandemia.
“Nas redes sociais, Lula não é o mesmo que num palanque Ele tem uma capacidade de dialogar com o povo pobre desse país que talvez só o Bolsonaro tenha neste momento. Não acho que o Lula seja uma força que atrapalha essa unidade Ele pode ajudar muito. Se ele tiver o mesmo entendimento da necessidade de unidade, acho que ajuda muito. Com todas as criticas que se possa ter ao PT, aos erros e acertos, não vamos construir um campo capaz de derrotar o bolsonarismo semeies”.