
A busca de novas possibilidades de negócios fizeram com que o empreendedorismo crescesse no Ceará em meio a pandemia. De abril a setembro, 24 mil trabalhadores se tornaram microempreendedores individuais no estado, registra O Povo. O desemprego, necessidade de uma fonte de renda para garantir o ganha-pão e, também, novas demandas de mercado levaram 340 mil pessoas a abrir uma empresa neste ano, no Ceará. Os dados constam no Portal do Empreendedor.
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No País, foram 10,9 milhões de registros, sendo 1,1 milhão entre fevereiro e o último mês. Somados aos mais de 7,5 milhões de micro e pequenos, o setor representa 99% dos negócios privados e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos).
O professor de Economia Ecológica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Aécio Alves de Oliveira, aponta que o processo de crise ocorre desde 2014 e foi acentuado no ano passado e, consequentemente, ainda mais diante de um cenário pandêmico.
“O desemprego elevado faz com que as pessoas se virem e faz com que a chamada economia criativa funcione para encontrar oportunidades que gerem uma renda para o sustento. O trabalhador não pode se dar ao luxo de esperar o dinheiro cair na conta, tem de correr atrás”, afirma. “Mas é preciso cuidado, pois em muitos casos há um modismo em torno do assunto”, pondera.
O economista Sérgio Melo acrescenta que alguns trabalhadores que perderam renda encararam o empreendedorismo.
“Nesse momento, veio a necessidade, mas nem todos têm essa veia. Aqueles que decidiram alçar voos individuais saberão daqui um ano se devem continuar ou se buscarão recolocação no mercado de trabalho”, analisa.
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